Maria Amélia Canossa morreu esta terça-feira, 25 de janeiro, aos 88 anos. A cantora vivia num lar de repouso em Mafra, mas foi no Porto que nasceu, a 19 de outubro de 1933, e onde a voz se tornou imortal através da interpretação do hino do FC Porto, gravado quando tinha 18 anos. Maria Amélia Canossa deixou uma mensagem de despedida preparada "caso acontecesse" algo e a mesma foi partilhada na madrugada desta quarta-feira, 26.
"Vivi uma vida longa e intensa cheia de bons momentos. E são esses os que fizeram a minha vida longa. A vossa amizade foi importante para mim e levo todos no meu coração. Fico grata pela vossa amizade e peço desculpa se ofendi alguém por isto ou aquilo. Não podemos ser todos iguais e por vezes as ideias são diferentes. Sempre defendi o que gostava e por esse motivo não posso agradar a todos mas também nunca critiquei ninguém pelo contrário. Não acho que isso seja o mais importante temos de nos respeitar e aprender a respeitar. A minha carreira artística foi muito mais do que ser a cantora do hino do FCP mas tenho muito orgulho de o ser e gostaria fosse assim para sempre. Não o ser isso sim seria um motivo de tristeza para mim na eternidade. Não digo um até breve mas até ...", pode ler-se na mensagem publicada pela filha no Facebook.
"Foi esta a mensagem que ela me deixou. Não sei o que dizer. Obrigado a todos", acrescentou a filha da voz da marcha do F. C. Porto à publicação.
Maria Amélia Canossa dizia que tinha "sangue azul e branco" referindo-se ao clube da cidade onde nasceu e que a acompanhou desde que foi praticante de ginástica e natação até quando deu voz pela primeira vez a 31 de março de 1952 ao hino e à marcha do F. C. Porto.
A artista, cuja carreira na música ficou marcada por vários vários êxitos entre as décadas de 1940 e 1960, ficou também conhecida como a "Princesa da Rádio" do Norte aos 18 anos ao ganhar diversos concursos radiofónicos.