Vânia Graúdo, 42 anos, deu entrada no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, no passado sábado - dia 1 de agosto.  A mulher preparava-se para ter o terceiro filho, mas morreu antes de o conhecer.

Vânia tinha uma cesariana marcada e preparava-se para uma laqueação de trompas, visto que não pretendia ter mais filhos. No entanto, as coisas não aconteceram como Vânia previa. A médica que estava de serviço decidiu tentar um parto normal. "A médica disse-lhe que já tinha tido duas filhas por parto normal, não fazia sentido a cesariana", conta Paula, irmã da vítima, ao "Diário de Notícias".

A cunhada de Vânia, Carina Gaspar, foi quem a levou ao hospital no passado sábado e afirma que o papel que tinha para apresentar não referia que o Rafael iria nascer de cesariana, contudo Vânia sempre garantiu que era assim que o filho ia nascer.

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Segundo o Diário de Notícias, o Hospital de Setúbal afirma que "não estava prevista a realização de cesariana". E acrescenta: "Foi realizada a indução de trabalho de parto no dia 1/8/2020, conforme planeado com a grávida em consulta de vigilância realizada em 29-07-2020".

Contudo, Rafael só nasceu no dia 3 de agosto às 13:55h. Nesse dia, o hospital terá informado a família de que houve complicações no parto e o mais provável era que Vânia não sobrevivesse.  A embolia por líquido amniótico é rara, porém costuma ocorrer em mulheres mais velhas.

Vânia morreu no dia 3 de agosto às 18:15h, após uma paragem cardiorrespiratória. Segundo o hospital, a "embolia de líquido amniótico é uma das hipóteses de primeira linha perante um quadro clínico súbito após a rutura da bolsa de águas" - revela o hospital ao DN.

Rafael encontra-se estável, mas passou os primeiros dias de vida com uma sonda pois também ele ingeriu líquido amniótico.