Não vão existir restrições à circulação entre concelhos na véspera e dia de Natal. A medida ainda carece de confirmação, mas é uma das que está em discussão pelo executivo de António Costa no próximo conselho de ministros, que está marcado para esta sexta-feira, 4 de dezembro. Esta e outras medidas serão reveladas ao País no sábado, pelo primeiro-ministro.
Assim, pelos menos nos dias 24 e 25 de dezembro, não devem existir limitações à circulação, algo que vai ao encontro das declarações de António Costa. Apesar de garantir que o Natal deste ano não será normal, o primeiro-ministro prometeu "o máximo de pedagogia e o mínimo de regras", afirmou à Rádio Observador.
Embora ainda não existam confirmações oficiais, especula-se que o plano do governo português passe por levantar algumas restrições no Natal, avança o "Observador". No entanto, apesar de não existir uma intenção de separar as famílias nas festas de dezembro, o executivo estará a preparar uma série de ações de pedagogia junto da população, como ter especialistas de saúde pública nas televisões a explicar como se pode celebrar em segurança.
António Costa já tinha salientado a necessidade de as pessoas se encontrarem fora das refeições, dado que o convívio à mesa promove um contacto mais próximo, demorado e sem máscaras, afirmou em entrevista à mesma publicação. O primeiro-ministro também alertou para o risco da circulação entre agregados familiares, em que as famílias se dividem por várias casas durante os dois dias de festa, e apelou à "noção" dos portugueses.
Assim, não deverão existir reforços das fiscalizações pelas forças de segurança das normas estabelecidas para o período do Natal, nem multas associadas a violação das mesmas, preparando-se um abrandamento cirúrgico de algumas regras durante as festas. Mas António Costa já garantiu que o cenário será muito diferente na Passagem de Ano.
"Vai ter todas as restrições porque aí não pode haver qualquer tipo de tolerância. A limitação de circulação pode não ser às 23h e ser à 1h, mas daqui não passaremos e não haverá seguramente festas de Passagem de Ano. Isso seguramente não", afirmou em entrevista ao "Observador".