O projeto futurista do SATU de Oeiras, que parecia saído da série de animação "Os Jetsons", nunca vingou. O sistema automático de transporte urbano, que ligava a estação de Paço de Arcos e o Oeiras Parque, tinha como objetivo chegar ao complexo empresarial do Tagus Park, mas a fraca adesão a este metro de superfície totalmente automatizado — tanto que não tinha condutor — não convenceu, e acabou por ser desativado em 2015 (foi mesmo encerrado por ordem do Governo PSD/CDS-PP devido a problemas financeiros). Agora, a conversa é outra.
Até 2029, a Câmara Municipal de Oeiras quer reativar o projeto, e os trabalhos já começaram, tanto que o traço já está a ser desenvolvido, avançou Joana Batista, vereadora da mobilidade da CMO à Lusa, citada pelo "Jornal de Negócios".
Joana Batista garantiu ao mesmo meio que esta reativação "sempre esteve no horizonte do executivo municipal". "Nunca perdemos esse foco. Na realidade, é um transporte que já há 20 anos era um transporte inovador e que este executivo municipal pretende que assim se mantenha", acrescentou.
Mas, agora, há planos ainda mais ambiciosos para este metro de superfície: o objetivo é ligar o município de Oeiras aos concelhos de Sintra e Cascais, existindo também ligações aos parques empresariais da Quinta da Fonte, Lagoas Park e Taguspark.
"Vai ligar duas linhas ferroviárias: a de Cascais, através da estação de Paço de Arcos, passando por três parques empresariais e, depois, chegando à linha de Sintra (Cacém)", acrescentou Joana Batista, tal como escreve o "Jornal de Negócios", embora tenha ainda adiantado que apesar do sistema a utilizar ainda esteja a ser avaliado, deverá "funcionar num corredor dedicado e assente em veículos bidirecionais".
A criação de uma rede de elétrico moderno entre Algés e a Falagueira (concelho da Amadora) e um BRT ('Bus Rapid Transit' - autocarros rápidos em faixa própria) entre Queijas e Carnaxide são outros dos projetos incluídos no plano de mobilidade do município.