30 moradores do Bairro da Madragoa, em Lisboa, vão ter de sair de casa devido às obras que vão ser feitas no metro. Em causa está o alargamento da linha verde e assim a criação de uma linha circular.
Moradores e alguns lojistas começaram a deixar as infraestruturas na manhã desta segunda-feira, 3 de janeiro, para que nos próximos tempos os engenheiros e técnicos do Metro de Lisboa possam avaliar a estrutura dos edifícios e perceber se haverá impacto nos prédios com a construção do metro.
As avaliações estão já a ser feitas na Travessa do Pasteleiro em cerca de três prédios, adianta a SIC Notícias. Apesar de nem todos terem reagido de forma positiva à expropriação temporária, são alguns os moradores que concordam com as obras em vista. De acordo com o canal, a saída foi acordada com cada morador de forma específica tendo o primeiro contacto sido feito há cerca de um ano. Um dos moradores, por exemplo, recebeu uma indeminização diária que, na sua perspetiva, seria o ideal para arranjar outro sítio onde ficar durante este período, revela a SIC Notícias.
Uma das estruturas afetada será também uma pequena fábrica de torrefação de café que acordou com o Metro de Lisboa ceder metade do espaço, para que o trabalho não tivesse de parar. "Chegámos a um acordo em que cedemos parte das nossas instalações para ser feito o trabalho e nós tentaremos desenvolver a nossa atividade na outra parte", revelou o proprietário do espaço à SIC Notícias, referindo que considera que as obras no Metro de Lisboa poderão ser uma mais valia para o bairro e para aquela zona.
Em dezembro, o Metro de Lisboa tinha já referido que as obras eram "urgentes" e que estavam a ser propostas indeminizações. "Trata-se de um processo considerado urgente, sendo necessário cumprir com os prazos previstos na Lei e dando todas as garantias aos proprietários e residentes. Após esta avaliação, as indemnizações estão, neste momento, a ser propostas a cada morador", escreveram em dezembro numa nota enviada à TSF.