Ricardo Salgado foi condenado pelo Tribunal Central Criminal de Lisboa a seis anos de prisão efetiva. Em causa está o desvio de 10,7 milhões de euros do Grupo Espírito Santo (GES) para seu benefício pessoal, em 2011. O ex-banqueiro não esteva presente na leitura do acórdão, que aconteceu esta segunda-feira, 7 de março.
O ex-presidente do Banco Espírito Santo foi acusado pelo Ministério Público de três crimes de abuso de confiança qualificado, por ter alegadamente desviado 10,7 milhões de euros do GES para duas offshores, em três movimentos diferentes.
O primeiro aconteceu a 21 de outubro de 2021 e diz respeito à transferência de quatro milhões de euros de uma conta de uma sociedade no GES na Suíça, a ES Enterprises, para a conta de uma entidade no Panamá, controlada por Ricardo Salgado, a Savoices. Salgado terá, através de um intermediário, feito chegar a outra offshore outros 3,9 milhões de euros, originalmente saídos do GES.
No mesmo período foram transferidos mais 2 750 000 euros da ES Enterprises para a Savoices, com passagem por uma conta de um outro intermediário. No total, Ricardo Salgado ter-se-á apropriado de 10 717 611 euros, que terá usado, entre outros fins, para comprar ações da EDP e diamantes. Esta decisão pode ainda ser passível de recurso quer por parte do Ministério Público quer por parte da defesa do antigo banqueiro.