Esta quarta-feira, 6 de janeiro, a Península Ibérica registou um recorde de temperaturas mínimas quando a estação meteorológica de Clot de la Llança, na Catalunha, deu a conhecer que os termómetros marcavam -34,1.º. Nunca em momento algum se tinha registado temperaturas tão baixas na região como esta quarta-feira.
Em Portugal, o frio veio para ficar até ao final da semana que será acompanhado por vento forte, chuva, a possibilidade de queda de neve e a agitação marítima. A culpa é da depressão Filomena, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Por esse motivo, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu esta terça-feira, 5, um aviso a toda a população.
O objetivo é sensibilizar para os cuidados a ter no uso de braseiras ou lareiras, uma vez que podem causar intoxicação devido à acumulação de monóxido de carbono e levar à morte, recomendando a ventilação dos espaços. A autoridade avisa também para a ocorrência de incêndios em habitações, resultantes da má utilização de lareiras e braseiras ou de avarias em circuitos elétricos.
A queda de neve nas vias, bem como a formação de gelo, também são fatores a ter em conta, e a Proteção Civil pede a atenção dos portugueses para o aumento do risco associado ao tráfego rodoviário. Grupos populacionais mais vulneráveis como as crianças, idosos, pessoas portadoras de patologias crónicas e população sem-abrigo também devem ter cuidados redobrados.
Assim, aconselha-se que se evite a exposição prolongada ao frio e às mudanças bruscas de temperatura, e que se mantenha o corpo quente através do uso de várias camadas de roupa, folgada e adaptada à temperatura ambiente, proteger as extremidades do corpo (usando luvas, gorro, meias quentes e cachecol) e calçado quente e antiderrapante.
O aviso surge depois de o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prever temperaturas mínimas a variar entre os quatro graus negativos e os oito graus, e máximas entre os cinco e os 17 graus para esta terça-feira e quarta-feira, avança a Agência Lusa, citada pelo "Observador".