É difícil encontrar um momento na história onde existissem tantas preocupações com o que se consome como nos dias de hoje. Somos mais conscientes em relação ao que compramos, ao que comemos, ao que vestimos e até mesmo à água que bebemos. O mesmo acontece, claro, com os produtos que usamos diariamente.
Palavras como “biológico”, “orgânico” e “natural” estão cada vez mais presentes nos rótulos dos cosméticos, mas a verdade é que a oferta está cada vez mais diversificada e escolher os produtos certos pode ser um desafio. Não basta simplesmente agarrar no primeiro gel de limpeza com ingredientes naturais que apareça na prateleira do supermercado e levar para casa, confiando no rótulo. Até porque um produto que seja natural não tem necessariamente orgânico.
É por isso que, hoje em dia, são várias as marcas que procuram obter certificados que atestem que os seus produtos são naturais, orgânicos e provenientes de agricultura biológica. Mas como é que se distingue um produto natural de um orgânico? Simples, basta conhecer os rótulos.
Desde 1991 que o ECOCERT, um organismo de inspeção e certificação francês, analisa os vários produtos existentes no mercado e, consoante os ingredientes presentes em cada um, atribui (ou não) a certificação que confirma se o produto é orgânico e natural.
Existem dois tipos de certificações. A primeira, de cosmético natural, pressupõe que pelo menos, 50% dos ingredientes presentes no produto são de origem natural e que, entre eles, 5% devem ser provenientes de agricultura orgânica. Já a atribuída a produtos de beleza naturais e orgânicos implica que, no mínimo, 95% dos ingredientes são de origem natural e 10% de agricultura orgânica.
Além disso, esta certificação garante ainda que os ingredientes presentes nas fórmulas, ao serem produzidos de forma orgânica, respeitam a biodiversidade da região em que são colhidos e são provenientes de fontes renováveis, capazes de se regenerar anualmente.
Uma das marcas cujos produtos têm certificado de cosmético natural e orgânico atribuído pelo ECOCERT é a Garnier, na sua nova gama BIO, que chegou aos supermercados no início do ano. Depois de mais de 100 anos a utilizar produtos provenientes de plantas como a camomila, a camélia ou o aloe vera, a Garnier lança a sua primeira gama de cuidados de pele com certificação orgânica.
Com nove produtos, entre cremes e óleos para o rosto, gel de limpeza e água micelar, são todos naturais, feitos com embalagens recicláveis e que respeitam a natureza. Além disso, as fórmulas são veganas, não contendo qualquer subproduto de origem animal. São também livres de alguns conservantes como os parabenos, óleos minerais, silicones, sal de alumínio, filtros químicos e corantes sintéticos.