O casamento real entre a infanta Maria Francisca de Bragança e Duarte de Sousa Araújo Martins realizou-se na tarde deste sábado, 7 de outubro, na basílica do Palácio Nacional de Mafra. O início da cerimónia religiosa estava previsto pelas 15 horas, mas atrasou cerca de meia hora.
A cerimónia está a ser transmitida em direto da TVI desde as 14h30 e a emissão está a ser conduzida por Manuel Luís Goucha e Maria Cerqueira Gomes. Atualmente, os convidados estão no cocktail nos claustros, onde está a ser servido o segundo bolo inspirado na filigrana de Gondomar. Eis quatro momentos marcantes do casamento real.
1. A entrada da noiva
Maria Francisca de Bragança chegou de caleche e entrou na igreja acompanhada pelo pai, D. Duarte Pio. À porta, estava uma passadeira vermelha, onde foi possível ver pela primeira vez o primeiro vestido de noiva da infanta. Como Luiza Nascimento, costureira que o fez, já tinha revelado, este é “uma obra de arte” e “mais clássico”. O vestido é de cor branca, comprido, com uma pequena cauda, de meia manga e com um pequeno decote em “V”.
A infanta tinha ainda a mesma tiara, com 800 diamantes montados em ouro e prata, que a mãe utilizou no seu casamento com D. Duarte de Bragança, em 1995. Esta joia foi um presente do rei Luís I para a sua nora, a princesa Amélie de Orléans, que se casou com o príncipe herdeiro D. Carlos, em 1886. D. Duarte Pio recebeu-a de herança, após a morte da última rainha de Portugal e também sua madrinha. Além disso, a infanta entrou com um buquê com flores brancas.
Enquanto entrava na igreja, Maria Francisca acenou constantemente à população que se deslocou ao Palácio Nacional de Mafra para ver o casamento real.
2. O momento do “sim”
Maria Francisca de Bragança e Duarte de Sousa Araújo Martins estão oficialmente casados. Apesar de uma postura séria durante toda a cerimónia, no momento de dizer o “sim” e de trocar as alianças, a infanta e o advogado estavam bastante sorridentes e olharam um para o outro de forma carinhosa.
Com as mãos direitas unidas, Duarte começou por prometer ser-lhe “fiél”, amá-la e respeitá-a “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença”, todos os dias da sua vida. Depois foi a vez da infanta proferir a mesma promessa. Posteriormente, a mãe da noiva, Isabel de Herédia levantou-lhe o véu e Duarte deu-lhe um beijo na testa. Depois deste momento, a população no exterior da igreja aplaudiu.
3. A música
Durante a cerimónia religiosa houve vários momentos musicais, nomeadamente o de uma soprana que cantou o salmo “Felizes aqueles que reconhecem o Senhor” no altar da basílica do Palácio Nacional de Mafra, acompanhada por dois órgãos. No final, os noivos dirigiram-se à saída ao som dos seis órgãos que constavam na igreja.
4. O bolo foi cortado com uma espada
Depois de saírem da igreja, a infanta Maria Francisca de Bragança e Duarte Martins dirigiram-se ao terreiro D. João V, onde saudaram a população que se deslocou a Mafra para ver o casamento real. Aí, cortaram com uma espada o primeiro bolo, que foi distribuído pelo público.
Este bolo, feito pelo chef Hélio Loureiro, é inspirado na identidade portuguesa, com recheio de nozes e ovos moles. Ao “Observador”, o cozinheiro revelou as grandes quantidades utilizadas nesta receita: 250 quilos de açúcar, 250 quilos de nozes e 500 ovos, já a contar com os ovos moles, e mais de 100 quilos de açúcar.