Ana Marta Contente, de 21 anos, é uma das atrizes da nova geração. Atualmente, dá vida a Elizabete Trindade, mais conhecida por Betinha, na novela "Festa é Festa", da TVI, e tem mostrado o seu talento para a comédia. Em entrevista à MAGG, conta como é fazer parte do elenco da produção da estação de Queluz de Baixo, recorda a adolescência conturbada na escola e ainda revela os planos para o futuro na representação.

Em "Festa é Festa", Ana Marta Contente interpreta uma personagem "alegre e divertida", caraterísticas que reconhece em si mesma e que gosta de transmitir aos outros. Mas nem sempre a sua vida foi assim, já que até ao nono ano atravessou um período difícil na escola e que a marcou. "Não gosto de usar o termo bullying porque não me fizeram nada diretamente", começa por contar a atriz, ao recordar alguns momentos da escola.

"Havia um conjunto de pessoas que fazia de tudo para não gostar de mim. Houve até um momento em que estávamos a falar sobre a autoavaliação e eu não sabia se merecia um quatro ou um cinco. Aquele grupo de pessoas da minha turma disse ao professor que não merecia o cinco", exemplifica.

Apesar de ter ignorado durante oito anos todas aquelas situações, em que todos pareciam afastar-se da jovem, Ana Marta colocou um ponto final nos insultos e em tudo o que ouvia a seu respeito. Resolveu mudar de escola e diz ter sido a melhor decisão que tomou. "Mas obviamente que houve repercussões futuras, coisas assim deixam marcas", frisa.

Foi já na faculdade, enquanto tirava a sua licenciatura em engenharia informática, que teve dúvidas sobre se seria capaz de seguir uma carreira na representação. Sempre foi o percurso que desejou e resolveu investir na leitura, em idas ao teatro e na formação, conselhos que deixa para aqueles que começam agora no mundo da representação.

"Sempre tive dificuldade em acreditar que ia ser atriz. Toda a gente sabe que é muito complicado, mas sempre foi isto que eu quis, por isso não duvidava assim tanto de que fosse acontecer", afirma, não deixando de parte a ideia de poder vir a ter outra profissão que seja possível conciliar com as gravações.

"Festa é Festa": Do casting à contracena com os atores que considera como referência

Ainda que o início do seu percurso tenha sido trabalhoso, Ana Marta não podia estar mais contente com o seu papel na trama da TVI. "Quando entrei para a novela, não sabia muito bem quem ia contracenar comigo. Sabia quem eram os meus pais, mas nunca tinha trabalhado a sério com a Ana Guiomar [que interpreta Aida] ou com o Pedro Teixeira [que dá vida a Tomé]", conta à MAGG, não escondendo o entusiasmo de contracenar com os dois atores.

Mas tudo começou com uma audição em que o nervosismo se apoderou da atriz. "Vou sempre muito nervosa para os castings e o da 'Festa é Festa' não foi exceção. Mas agora já sei algumas técnicas e truques e consegui contornar a situação", revela.

Quando soube os nomes de outros intérpretes que iam fazer parte do elenco de "Festa é Festa", a jovem conta que ficou radiante por ter Maria do Céu Guerra, que interpreta a Corcovada, no núcleo principal. "É uma pessoa muito doce e que conta histórias bonitas", diz.

Sobre Betinha, a atriz confessa que foi um verdadeiro desafio conseguir destacar o seu lado mais cómico. A personagem que interpreta tem uma "fixação" por Bino, o presidente da junta da Aldeia da Bela Vida, o centro da ação da novela da TVI. "A Betinha nunca explica porque é que gosta do Bino. Pode acabar por ser um devaneio ou por querer subir na carreira, mas não é o caso", frisa, acrescentando que o objetivo da trama é não revelar a razão daquele amor unilateral.

"O que mais gosto de fazer é cinema"

Questionada sobre o que deseja para o seu percurso profissional, Ana Marta não hesita: "O que mais gosto de fazer é cinema e adorava poder fazer mais. Gostava de ter experiências lá fora, é sempre um desafio representar noutras línguas. Acho que enriquece muito a nossa vida viver fora do País durante algum tempo".

No grande ecrã, participou em "Amália - O Filme", no qual deu vida à própria Amália Rodrigues em criança, em 2008. Seguiram-se produções como "Uma Aventura na Casa Assombrada",, em 2009, e "Índice Médio de Felicidade", em 2017, que considera um dos seus maiores projetos. "Foi nessa altura que comecei a pensar que se calhar a representação podia ser o meu caminho. Mudou muito a minha vida nesse aspeto", revela.

Para já, quer focar-se no seu papel na novela da estação de Queluz de Baixo e, de seguida, quem sabe, receber uma proposta para fazer parte do elenco de um filme. É que Ana Marta não sabe estar parada, fez parte de produções como "Floribella", da SIC, em 2007, "Remédio Santo", da TVI, em 2011, ou "O Sábio", em 2017, na RTP.

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