Bode Miller participou na segunda temporada de “Special Forces: World's Toughest Test” em 2023, reality show do canal norte-americano FOX, está atualmente a ser emitido na SIC Radical. No programa, o ex-atleta olímpico falou sobre a perda da filha, Emeline, de 19 meses. “Foi brutal. Ela saiu pela porta das traseiras e saltou diretamente para a piscina do nosso vizinho”, disse, começando a chorar, acrescentando que a dor “não desaparece”.
O ex-atleta olímpico de 47 anos foi seis vezes medalhista nos Jogos Olímpicos – mais do que qualquer outro esquiador norte-americano –, com uma medalha de ouro, três de prata e duas de bronze.
O antigo atleta nasceu no coração das Montanhas Brancas e os seus pais, que já se divorciaram, eram hippies, vivendo numa casa sem eletricidade e água canalizada. Foi educado em casa até ao quarto ano. Aos 11 anos, começou a esquiar de forma competitiva, mas também era bom no futebol, ténis, golfe e snowboard.
Em 1998, fez parte da equipa de esqui dos Estados Unidos pela primeira vez e, nesse ano, competiu nos Jogos Olímpicos de Inverno em Nagano, Japão, mas não ganhou nenhuma medalha. Em 2005, tornou-se o segundo homem na história a vencer nas quatro modalidades – slalom, slalom gigante, super gigante e downhill – durante uma única temporada.
Nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, em Sochi, na Rússia, ganhou a medalha de bronze na modalidade super gigante e tornou-se o esquiador olímpico norte-americano mais premiado de sempre. Além disso, aos 36 anos, tornou-se a pessoa mais velha a conquistar uma medalha olímpica numa prova de esqui alpino.
Depois de uma lesão que o afastou durante dois anos do desporto, retirou-se oficialmente do esqui de competição em 2017 e, mais tarde, juntou-se à NBC como analista das transmissões de esqui olímpico.
Em 2018, Bode Miller viveu um período conturbado na vida pessoal. Em junho, a filha Emeline Grier, na altura com 19 meses, fruto do casamento com Morgan Miller, afogou-se depois de cair acidentalmente na piscina de um vizinho. Algum tempo depois, o casal falou pela primeira vez sobre a tragédia no programa “Today”, na NBC.
Morgan disse que o dia 9 de junho tinha sido “normal” e que, depois de ter passado parte do dia numa festa de aniversário, levou os três filhos mais novos do casal para a casa de um vizinho, enquanto o marido foi ao jogo de softball da filha mais velha. Enquanto conversava e bebia um chá, Morgan viu Emmy a dirigir-se ao quarto onde as outras crianças estavam a brincar.
“De repente, tudo ficou demasiado calmo para mim”, disse, citada pela "People". Como tal, levantou-se e perguntou às crianças onde estava a filha. “Abri a porta e ela estava a flutuar na piscina”, relatou entre lágrimas, acrescentado que correu e saltou logo para lá. Bode soube da tragédia por telemóvel e ficou “em choque”.
Emmy ainda foi reanimada, mas houve demasiados danos cerebrais para que conseguisse sobreviver. Como tal, acabou por morrer no dia seguinte, 10. “A culpa é a coisa mais difícil”, garantiu. Desde então que o casal tenta aumentar a consciencialização sobre a prevenção do afogamento infantil.
Em junho desse ano, recordou a criança nas redes sociais. “Já passaram 5 anos. Na noite do seu nascimento, a nossa parteira disse que a Emmy estava ‘aqui para mudar o mundo’. Cinco anos após a sua perda, consigo ver isso. (...) Temos saudades tuas Emmy. 19 meses nunca seria tempo suficiente para te ter nos nossos braços”, escreveu.
Em julho de 2023, o casal voltou a passar por um grande susto. Três dos filhos foram hospitalizados com envenenamento por monóxido de carbono e tiveram de ser colocados em “alto fluxo de oxigénio durante mais de quatro horas”. O incidente ocorreu quando uma banheira de hidromassagem avariada estava a ser substituída na casa de família, segundo a "USA Today Sports".
O casal é também pai de Scarlet Olivia, de 21 meses, dos gémeos Asher e Aksel, 3 anos, Easton, 4, e Nash, 7, juntamente com Morgan Miller, com quem se casou em 2012. Bode Miller é também pai de Nate, 10, e Dace, 14, de relações anteriores.