Diana Chaves é a nova embaixadora da marca Anjewels e prepara-se para lançar a sua própria linha de joias, "My Lucky Star" (em português, a minha estrela da sorte), em homenagem à mãe.

A MAGG esteve presente na produção da campanha publicitária da coleção, no hotel Fonte Cruz, em Lisboa, e entre fios, pulseiras e anéis, teve oportunidade de conversar com a apresentadora. Do desafio de substituir Cristina Ferreira nas manhãs da SIC ao possível regresso do programa "Casados à Primeira Vista", passando até pelo próprio (futuro) casamento de Diana Chaves e César Peixoto, nada ficou por perguntar. E, neste artigo, nada fica por contar.

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Depois de a SIC anunciar a saída "abrupta e surpreendente" de Cristina Ferreira, a 17 de julho de 2020, Diana Chaves teve menos de 72 horas para se preparar para as manhãs da estação. No entanto, mais de um ano depois, continua a monopolizar as audiências de daytime ao lado de João Baião.

Em entrevista, Diana Chaves recorda o desenrolar dos acontecimentos e revela que, à data, "não sabia o que esperar", já que era uma "caloira do daytime".

"A cronologia é: a saída da Cristina Ferreira e o telefonema do Daniel. Ligou-me na sexta à noite e, no domingo, eu já estava aqui, na SIC, para fazer o 'Domingão'. Depois ficámos para segunda-feira. Não sabia o que esperar. Senti que tinha de ajudar a resolver aquela situação, assim como o João sentiu exatamente o mesmo. Pediram-nos para cá estar, porque o programa não podia parar. E viemos. Com todo o gosto e a fazer o melhor possível. Agora, sem qualquer tipo de expectativa. Claro que todos queríamos que corresse bem, mas todos sabíamos que era um improviso", explica.

À MAGG, conta que a pressão que, à data, sentia, não tinha que ver com o facto de substituir Cristina Ferreira pela figura pública que é, mas pelo talento que tem.

"A pressão era por ainda não estar confortável com este registo, porque nunca tinha feito algo semelhante. Agora, fosse assumir o lugar da Cristina Ferreira, do Goucha ou da Júlia era indiferente. A questão é que essas pessoas, que fazem ou já fizeram daytime, são realmente muito boas. E substituir seja quem for que é muito bom é sempre uma responsabilidade muito grande", diz.

"Ainda fico desconfortável, mas acho que ficarei sempre"

"No daytime era completamente caloira. Não tem nada que ver com tudo o que já fiz. Claro que já tinha feito programas em direto, mas em registos completamente diferentes", acrescenta.

Diana Chaves conta que o programa "Casa Feliz" é diferente de tudo o que já tinha feito anteriormente, sendo que estava habituada a trabalhar em ambientes "mais controlados".

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"Em todos os programas que apresentei antes, o ambiente era muito mais controlado. Geralmente, nós, apresentadores, já estamos por dentro dos temas. Aqui [no 'Casa Feliz'], é sempre tudo novo. São três horas em direto. E no primeiro programa também foram três horas em direto. Portanto, as coisas são muitas vezes alteradas, é uma dinâmica muito própria e muito diferente. É tudo menos controlado, no fundo", explica.

Apesar de admitir que nota uma grande evolução profissional, desde que se estreou no "Casa Feliz", Diana Chaves admite que ainda há segmentos e histórias que a deixam desconfortável, como é o caso das rubricas criminais.

"Ainda fico desconfortável, mas acho que ficarei sempre. Não são temas que gosto de tratar. São temas sensíveis e as pessoas estão muito vulneráveis. Mas às vezes é quase como se fosse uma espécie de catarse. As pessoas querem falar, faz-lhes bem conversar e, por vezes, sentem que estão a homenagear pessoas de que gostam", conta.

"Ainda assim, para mim é difícil. Muitas vezes, quando são histórias de pais que perdem filhos, doenças e situação mais complicadas para mim é difícil. Claro que arranjamos mecanismos, mas nunca me será indiferente".

À MAGG, a apresentadora conta que cada projeto que decide abraçar se revela essencial ao seu percurso (e crescimento) profissional. Em retrospectiva, revela que "adorou o formato" do programa "Casados à Primeira Vista" e que sempre teve a certeza de que seria acarinhado pelos portugueses.

"Num País conservador como o nosso, casar pessoas à primeira vista não é a coisa mais comum"

"Foi um formato completamente novo em Portugal. Foi inovador e ninguém sabia qual seria a reação do público, mas eu não tinha dúvidas de que ia funcionar, mesmo que primeiro as pessoas estranhassem e ficassem assustadas. Até o disse logo na apresentação: 'sei que as pessoas vão estranhar, mas que depois vai entranhar e vão adorar'", explica.

"Num País conservador como o nosso, casar pessoas à primeira vista não é a coisa mais comum. Em Portugal, tudo o que é diferente e pioneiro é sujeito a uma grande crítica. E censura até. Normalmente, qualquer formato tem de se afirmar primeiro lá fora, tem que ter aprovação lá fora, para depois ser aceite cá. Acho que tem tudo que ver com a postura e mentalidade conservadora do nosso País. Agora, se nunca arriscarmos, nunca vamos sair disto", remata.

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Para Diana Chaves, quando ultrapassado o preconceito, o programa "Casados à Primeira Vista" não só divertia os portugueses como espelhava "coisas que são transversais a todas as relações".

"Acho mesmo que as pessoas conseguiram ver para além do preconceito. Conseguiram perceber que os concorrentes só estavam ali para se conhecer e que não tinha de acontecer mais nada. No fundo, é o que acontece na vida normal. Claro que ali começávamos da frente para trás, mas há coisas que são transversais a todas as relações – independentemente da idade, do estrato social, da religião. Os sentimentos são transversais. Acho que há uma coisa comum a toda a gente: todos querem encontrar o amor. Mesmo aqueles que dizem que não", completa a apresentadora.

"Caso quando me apetecer"

Diana Chaves já encontrou o amor e mantém uma relação com César Peixoto desde 2014. Noiva há 4 anos, muito se especulou acerca da data da cerimónia. À margem da campanha "My Lucky Star", entre pulseiras, anéis e fios, a MAGG aproveitou a deixa para perceber se, afinal de contas, já há previsão para o casamento da apresentadora.

Diana esclarece que, estando noiva, casar faz efetivamente parte dos planos. No entanto, deixa claro que será “quando quiser” – e que não cede a pressões de terceiros.

"Não quero saber do que as pessoas acham em relação à minha relação. Zero. Se eu considerar pressão cada vez que me perguntam quando é que me vou casar, então, sim, pressionam-me imenso. Se isso me afeta? Não, nada. É o mesmo que me perguntarem quando é que vou ter outro filho. Podem fazer a pressão que quiserem, passa-me ao lado", avança.

"E não digo isto no mau sentido, porque sei perfeitamente que as pessoas não o fazem com má intenção. É apenas curiosidade. Agora, o segredo para sermos felizes é estarmos bem com a nossa vida e não levarmos as coisas a mal. Eu não levo a mal quando me perguntam 'então quando é que casas, já estás noiva há tanto tempo', até acho engraçado. E eu respondo: 'caso-me quando me apetecer'", remata.

Diana Chaves tende a não expor a relação com o namorado, César Peixoto, e com a filha, Pilar, nas redes sociais, mas, em entrevista, revela que não o faz de forma consciente.

"É uma extensão daquilo que sou. Não vou ser diferente nas redes sociais. Bem sei que muita gente é e que é quase tudo para inglês ver, mas eu não. Uso as redes sociais como ferramenta de trabalho. Mas também gosto de pôr fotos da Pilar e do César, porque são fotos de que me orgulho. Agora, não faço stories em casa. Não evito, mas não é do meu feitio", explica.

"Ninguém sabe como é que falo com o César ou com a Pilar. É a minha intimidade, é a única coisa que tenho só nossa", completa.

À MAGG, a apresentadora garante que, seja em relação à sua vida pessoal, projetos ou campanhas publicitárias, se rege sempre pela mesma premissa: "sou incapaz de fazer uma coisa que não tem que ver comigo". "Recuso muita coisa, porque não me identifico. Não vou estar a vender uma coisa na qual não acredito", diz.

"Os 40 são os novos 20"

No entanto, há projetos que aceita sem pensar duas vezes, como é o caso da sessão fotográfica e entrevista para a revista "Women's Health".

Diana Chaves é capa da Women’s Health
créditos: Instagram

Todos os meses, a revista de saúde e lifestyle tem uma protagonista diferente na capa e para a edição de outubro a escolhida foi Diana Chaves, sob o mote "os 40 são os novos 20".

Em entrevista, a apresentadora de 40 anos esclarece que o mote surgiu já depois da sessão fotográfica para o convite, sendo que o convite não tinha como objetivo espelhar essa mensagem em concreto. "Acho que o mote surgiu depois do Pedro Lucas me ver aos 40", conta, em tom de brincadeira.

Diana Chaves conta que não alterou um único pormenor na sua vida para se preparar para a campanha da "Women's Health".

"Como de tudo, mas, por regra, tenho uma alimentação saudável, mas não alterei nada. Soube que ia fazer duas semanas antes", explica. "Aliás saí daqui [da SIC] e fomos a correr fazer as fotos".

A apresentadora revela que encara todos os desafios com descontração e não avança quaisquer novos projetos.Admite que adorava voltar a apresentar o programa "Casados à Primeira Vista", no entanto diz não ter qualquer informação relativa ao regresso da produção da SIC.

Por agora, garante estar "super feliz" a apresentar o "Casa Feliz", nas manhãs da SIC. Já no que ao futuro diz respeito, não descarta qualquer área, da representação à apresentação, mas explica que "depende do projeto" que lhe for proposto."Também não vou fazer alguma coisa só para fazer que faço", remata.