Completou 60 anos a 20 de janeiro e é um dos membros mais discretos da família real britânica. Nascida Sophie Helen Rhys-Jones, a duquesa de Edimburgo tem, desde 1999, sido não só a mulher como o braço direito do príncipe Eduardo. O filho mais novo da rainha Isabel II foi também o único que, na vida pessoal, nunca deu dores de cabeça à falecida monarca.
Em 1989, recorde-se, a princesa Ana foi a primeira a anunciar a separação de Mark Philips, tendo o divórcio sido consumado em 1992. Também em 1992, o príncipe Carlos e Diana anunciavam o final do seu casamento, tendo o divórcio sido oficializado quatro anos depois. Nos mesmos anos, o príncipe André e Sarah Ferguson terminavam o casamento e divorciavam-se.
Para assinalar o 60º aniversário da duquesa de Edimburgo, a casal real britânica partilhou um conjunto de fotografias. As imagens, bastante elogiadas pela imprensa britânica pela espontaneidade da duquesa, foram captadas pela fotógrafa Christina Ebenezer e a sessão fotográfica aconteceu no início de 2025 em Bagshot Park, residência oficial dos duques de Edimburgo.
Veja as fotos
"A duquesa de Edimburgo interessou-se pelo estilo criativo da fotografia de Ebenezer e quis apoiar uma jovem fotógrafa em ascensão", pode ler-se. "Sua Alteza Real sente, ao completar 60 anos, um renovado entusiasmo e compromisso com o seu trabalho relacionado com a igualdade de género e está empenhada em defender este tema nos próximos anos", anuncia ainda a casa real britânica.
Casados há 25 anos, os duques de Edimburgo são pais de Louise, de 21 anos e de James, de 17. Os filhos do casal, que não são membros séniores da família real britânica, mantêm-se afastados dos holofotes. Louise está a estudar Inglês na Universidade de St. Andrews e James estuda no Radley College.
Em 2020, em entrevista ao "The Sunday Times", citada pela "Hello!", a mulher do príncipe Eduardo disse que sempre educaram os filhos para terem uma vida o mais normal possível, tendo optado por não usar os títulos de Sua Alteza Real até que estes completassem 18 anos. "Tentamos educá-los para que percebam que é muito provável que tenham de trabalhar para se sustentarem. Daí termos decidido não usar os títulos. Eles têm-no e pode decidir usá-los a partir dos 18 anos, mas acho altamente improvável", disse.
O que mantém unidos Sophie e Eduardo?
Em 2024, a propósito do 60º aniversário do marido, a duquesa não poupou nos elogios ao homem da sua vida. "Estou tão orgulhosa do homem que ele é. Ele é o melhor pai, o marido mais carinhoso e é ainda o meu melhor amigo."
Eduardo conheceu a plebeia Sophie Rhys-Jones em 1987 num evento de uma conhecida rádio britânica. Na altura, o príncipe, com 23 anos, namorava com uma amiga de Sophie, à época com 22 anos, e a construir uma carreira na área de relações públicas. Reencontram-se seis anos depois e começaram a namorar e logo começam a surgir rumores de casamento. De tal forma que o filho mais novo da rainha Isabel II viu-se obrigado a emitir um comunicado, onde pedia à imprensa britânica para parar com a especulação.
O noivado só seria anunciado seis anos depois, tinha o casal 34 anos. O casamento aconteceria seis meses depois no castelo de Windsor. Louise nasceu em 2003 e James, em 2007. A filha mais velha do casal nasceu com esotropia, o tipo mais comum de estrabismo. Segundo a "Hello!, foi submetida a um tratamento de correção da visão em 2006, que não teve resultados, e só aos 10 anos uma cirurgia conseguiu corrigir os olhos da filha dos duques de Edimburgo.
A propósito do 60º aniversário da duquesa, a revista "Tatler", especializada em celebridades e realeza, apelidou Sophie" de "a arma secreta da família real britânica", elogiando a sua capacidade diplomática e realçando a relação próxima que mantinha com a rainha Isabel II, especialmente na fase mais dramática da saída do príncipe Harry e de Meghan Markle do cargo de membros séniores da família real britânica.
Mas nem sempre foi assim.
É preciso recuar até 2001 para relembrar o único escândalo no qual a duquesa de Edimburgo esteve envolvida. Mazher Mahmood, editor do extinto tablóide britânico "News of The World", disfarçou-se de Sheikh para conseguir reunir-se com várias figuras públicas, que lhe revelaram segredos embaraçosos.
Uma dessas celebridades foi nada mais nada menos do que a duquesa de Edimburgo. Na altura, Sophie ainda tinha uma empresa de relações públicas e encontrou-se com Mahmood tendo em vista conseguir trabalhar para um príncipe saudita, algo que lhe ia valer mais de 20 mil euros por mês.
O jornalista gravou os encontros com Sophie, nos quais esta fez comentários embaraçosos para a família real britânica, entre os quais apelidar a rainha Isabel II de "velhota querida" e criticar o então primeiro-ministro Tony Blair. O escândalo fez com que Sophie desistisse da sua carreira como relações públicas e se dedicasse apenas às funções de membro sénior da família real britânica.
Ao longo dos anos, os duques de Edimburgo têm sabido aproveitar ao máximo as oportunidades que as suas posições de privilégio lhes concedem, trabalhando arduamente em várias causas solidárias e mantendo-se longe de polémicas. De acordo com o "Daily Telegraph", citado pela "Tatler", não só Sophie sempre foi a nora favorita da rainha Isabel II, a quem apelidava carinhosamente de "mama", como também serviu de "mediadora" entre os duques de Sussex e a família real britânica, tendo sido a primeira a visitar o casal aquando o nascimento de Archie, em 2019.
