A ex-deputada Joana Amaral Dias levou a madrasta a tribunal. Acusa-a de "ofensa à integridade física grave" e pede uma indemnização de 50 mil euros. A comentadora televisiva acusa Susana Quintas de ter administrado benzodiazepinas em quantidade anormal ao pai.
Carlos Amaral Dias morreu em dezembro de 2019. O psicanalista e professor catedrático sentiu-se mal em casa, em Lisboa, e não recebeu assistência especializada imediata. Acabou por morrer horas depois, dentro de uma ambulância, vítima de um ataque cardíaco, assim como relata o "Correio da Manhã".
O processo ainda está a decorrer no Juízo Central do Tribunal de Lisboa e os factos que estão a ser julgados terão ocorrido entre 2017 e 2018, período durante o qual o pai de Joana Amaral Dias foi internado várias vezes, tendo chegado a estar "em estado praticamente comatoso".
A análise toxicológica detetou um índice anormalmente elevado de benzodiazepinas no sangue, intoxicação essa que teria sido provocada pela ingestão "em quantidades quatro vezes superiores ao normal de Alprazolam". Está em causa um ansiolítico indicado para o tratamento de transtornos de ansiedade, menciona o mesmo jornal.
"Ora, o professor sofria de problemas respiratórios, cardíacos e renais e estes fármacos poderiam agravar a sua situação ou até provocar uma depressão respiratória grave e irreversível", disse uma fonte ao CM. A viúva era uma das poucas pessoas que tinham acesso aos fármacos.
Susana Quintas, que se casou com Carlos Amaral Dias em 1999, terá ficado "surpresa" ao saber deste processo e ter-se-á sentido "injustiçada". O casal teve uma filha, Carlota Amaral Dias. A próxima sessão do julgamento está agendada para quarta-feira, 18 de outubro.
Quando estava em casa, Carlos Amaral Dias sentiu os primeiros sintomas de enfarte, pelo que chamou uma ambulância. No entanto, só recebeu cuidados horas depois. Ficou retido numa ambulância avariada, sem desfibrilhador e com uma tripulante sem a formação adequada, diz o mesmo jornal, acrescentando que o INEM reconheceu as falhas.