A ex-apresentadora Ana Lúcia Matos e o marido, Max Cardoso, foram detidos pela Polícia Judiciária esta terça-feira, 29 de novembro, numa mega operação de combate à fraude fiscal. Sabe-se agora que o empresário luso-francês já tinha antecedentes com a Justiça.
Sempre que Ana Lúcia Matos publicava fotografias, nunca mostrava a cara do marido ou dizia o nome, justificando que o companheiro não gostava da exposição pública. O motivo poderá, de acordo com a "TV7Dias", ser outro: Max já estava a ser procurado pelas autoridades francesas.
O empresário de 44 anos, pai dos dois filhos de Ana Lúcia Matos, terá um processo pendente em França por crimes similares àqueles que resultaram na sua detenção. Max Cardoso também assinava como Max William, um dos nomes que apareceram no caso Panamá Papers, o maior caso de fuga de informação ligado a offshores, nota o "Correio da Manhã".
Max é suspeito de cometer crimes fiscais há vários anos. Estará, segundo o mesmo jornal, ligado à Trade Award LTD, offshore situada nas ilhas Virgens Britânicas, criada em 2008 para permitir a fuga aos impostos. Agora, foi declarado arguido na operação Admiral, a maior investigação europeia de fuga ao fisco, com um valor global de faturação de 2,2 mil milhões de euros.
O esquema, relacionado com a venda de telemóveis e de outros aparelhos eletrónicos, durava desde 2016 e passou por mais de 30 países, refere o CM. As medidas de coação só deverão ser anunciadas na segunda-feira, 5 de dezembro. Ana Lúcia Matos já saiu em liberdade, após ordem do juiz, tal como outros sete arguidos. O marido continua detido.