Depois da competição preliminar que aconteceu na quarta-feira, 15, na noite desta quinta-feira, 16 de novembro, realizou-se o desfile de trajes nacionais do países a concurso. A 72ª edição do concurso Miss Universo realiza-se já este sábado, 18 de novembro, em El Salvador, na América Central, e, na véspera, Marina Machete arrasou com um traje inspirado no cartaz da implementação da República em 1910, da autoria da drag queen Miss Velvet.
O traje é composto por uma armadura branca com detalhes dourados no tronco e num dos braços, que contrasta com as cores da bandeira portuguesa: uma saia verde comprida, franzida e com uma grande racha numa das pernas, presa na lateral com uma peça a representar a esfera armilar, e uma capa vermelha que se prolonga numa cauda. Para complementar, Marina utilizou um acessório dourado na cabeça.
“O meu traje nacional é inspirado num cartaz da implementação da República portuguesa em 1910, que coincidentemente foi o dia em que fui coroada 113 anos depois, a 5 de outubro, simbolizando uma libertação da nação numa nova era. Foi realizado em pouco mais de uma semana por artistas locais queer de Lisboa e é tudo o que sempre quis trazer para representar as pessoas resistentes e fortes do meu país”, explicou Marina sobre o traje quando o apresentou no Instagram.
A 72ª edição do concurso internacional de beleza feminina é marcada pela diversidade, sendo que tem duas mulheres transgénero em competição, a portuguesa Marina Machete e Valerie Kollé, dos Países Baixos, e ainda duas mulheres casadas e já mães, a colombiana Maria Camila Avella Montañez e Michelle Cohn, da Guatemala. Além disso, Erica Robin está a representar o Paquistão, sendo este ano marcado pela estreia deste país no concurso.
Marina Machete, além da terceira mulher transgénero a competir para Miss Universo, tornou-se na primeira a competir pelo título de Miss Portugal e a vencê-lo. A primeira mulher transgénero a competir no concurso internacional foi a espanhola Angela Ponce, em 2018.