Donuts nunca são demais e, por isso mesmo, acabou de abrir em Lisboa um novo espaço com as adoradas delícias redondas. Depois de estar em soft-opening desde o início de setembro, a primeira loja da Royal Donuts em Portugal começou a funcionar a todo o gás no dia 16.
A marca foi criada em 2018 por Enes Seker, um empresário de raízes turcas nascido na Alemanha que, enquanto fã de donuts, procurava algo diferente, além do básico sem grandes recheios.
O que começou com esta premissa resultou na abertura de quase 300 lojas por todo o mundo. Uma rua transversal da Avenida da Liberdade, em Lisboa, foi o local escolhido para inaugurar o primeiro espaço em Portugal, por iniciativa da brasileira Laudenice Ziltener e do marido, Werner Wetzstein, também sócio do projeto.
Centenas de lojas depois, Royal Donuts aterra em Portugal
O casal vive na Suíça e tem uma start-up. Enquanto investidores, Laudenice Ziltener e Werner Wetzstein procuravam algo que fosse distinto daquilo que já existia no mercado. Testemunharam o sucesso desta rede de franquias na Alemanha e ficaram interessados depois de a conhecer melhor. Hoje, são master franchise em Portugal e no Brasil, detendo os direitos da marca.
Queriam abrir primeiro no Brasil, mas, depois de realizarem um estudo de mercado, descobriram que "Portugal e Espanha são os países que mais consomem doces da Europa", contam à MAGG. "Por isso é que há tantas pastelarias", justifica Laudenice. Começaram, então, por Portugal, também pela "facilidade logística", já que grande parte do produto vem das fábricas na Alemanha e na Espanha.
"Estávamos à procura de um lugar com muitos pedestres, com uma faculdade próxima, que fosse fácil para vir de transportes e que tivesse turistas", disse Laudenice, quanto à eleição do local. "O público que mais consome o nosso produto tem entre 15 e 25 anos e são, na maioria, meninas. Aqui alcançamos um público muito forte de empresas, algo que não foi pensado estrategicamente, mas que uniu o útil ao agradável", acrescenta.
Este novo espaço tem um "design exclusivo". "As outras lojas não são assim", afirma Laudenice, que procurava fazer algo diferente com a decoração deste espaço. Embora tenha mantido fatores como o logótipo e as cores, a identidade visual é distinta. "O meu objetivo era que, se as pessoas vissem uma fotografia de um donut nesta loja, soubessem 'esta é em Portugal'", explica.
Mas, afinal, o que distingue estes donuts de todos os outros que já existem no nosso País? Para começar, a massa dos Royal Donuts não é frita, e sim assada. "É uma vantagem, porque a massa frita no óleo tem muito mais calorias do que a assada no forno", considera Laudenice, que destaca ainda a textura fofa destes bolos. "O sabor não é comparável com nada no mercado", diz, também.
É possível provar mais de 150 donuts diferentes
"Nunca vimos nenhuma consistência parecida com esta", refere a sócia da Royal Donuts portuguesa, sublinhando a versatilidade da ementa. São mais de 150 as combinações possíveis de donuts. Embora as opções não estejam constantemente todas expostas, vão ficando disponíveis, a cada dia, para o cliente poder provar.
Todos os donuts são produzidos de forma artesanal. Considerados gourmet, vão desde os mais básicos aos mais elaborados. Os clássicos sem recheio, com o típico buraco no meio, custam 2,20€ e têm sabores como canela, açúcar polvilhado e chocolate branco. Os clássicos com recheio têm o valor de 2,50€ e sabores como maçã, chocolate, baunilha e framboesa.
Os produtos sem glúten ainda estão em fase de desenvolvimento, bem como donuts que envolvam pastel de nata e doce de leite, por exemplo. Mas já existem várias opções veganas, seja com ou sem recheio, cujos preços vão dos 2,40€ aos 4,90€. Também disponibilizam este doce no formato de bola de Berlim, "pensado para ser uma explosão de sabores na boca".
Estas pequenas bombas de gulodice contêm, por dentro, cremes como caramelo, pistácio ou morango e toppings como M&M, Oreo e Kinder. Custam entre 4€ a 5,50€, mas há toda uma gama com a Nutella como protagonista (as royal bombs) cujos donuts pode adquirir por 3,50€.
Ainda sobre toppings, alguns destes bolos são forrados a sprinkles (2,40€) e outros, os macaronuts, têm macarons no topo. Estes últimos têm o valor de 4€ e são feitos à base de amêndoa. Além dos donuts tradicionais, trabalham com outros tipos de massa, os crossnuts, "um sucesso absoluto" feito com a massa folhada dos croissants. Custam 4,90€, sendo que existem cinco opções veganas e cinco não veganas, recheadas com delícias como pasta de amendoim, compota de maçã e chantilly.
É possível assumirmos o papel de "donut creator", portanto, criar o nosso próprio donut, personalizando-o tal como queremos. Também dá para comer um hambúrguer (o royal burger), que, na verdade, é um donut, embora não pareça. Custa 6,50€ e leva pudim de baunilha, brownie, morango, pistácio e caramelo.
Apesar de se especializarem neste doce, a oferta é ampla. Além de tortas de donuts, existem também os moons, "pequenas bolinhas de donuts com topping e com frutas". São oito, vêm numa caixa e custam entre 5,90€ a 6,50€, dependendo das coberturas (como gelado de baunilha, banana e morangos).
A ideia deste projeto sempre foi fugirem aos donuts comuns. Há opções mais doces, outras menos, e sabores para todos os gostos, cada um mais apetecível que o outro. Perante a vitrine, o difícil é mesmo escolher o que provar (e decidir quais serão os seguintes).
Para ajudar a empurrar estas guloseimas, podem ser pedidas as típicas bebidas de cafeteria, refrigerantes e sumos (tudo entre 1€ e 3€), ou bebidas especiais como smoothies (com frutas como manga, cereja e framboesas, cada um a 4,50€), shakes (cada um a 4,90€, com sabores como morango, pipoca, Oreo e Nutella) e ainda as bebidas "drink your donuts", feitas à base de donuts, por 5,90€.
A massa dos donuts é fabricada no local e recebida diariamente. "Os donuts são preparados frescos, na hora", assegurou-nos a responsável. Todos os produtos que não são consumidos no próprio dia são descartados durante a noite com a ajuda da Too Good To Go, para evitar o desperdício.
Além de os recolher em loja, também pode encomendá-los através da UberEats, da Glovo e da BoltFood. Em breve, será também possível utilizar a aplicação PickAll para pedir as delícias da Royal Donuts Portugal. O futuro do projeto inclui ainda um automóvel próprio e personalizado que irá percorrer as ruas lisboetas.
Esta "é a primeira de muitas lojas" da Royal Donuts em Portugal
A primeira loja da Royal Donuts abriu portas em 2018, na Alemanha, onde viriam a ter outros 243 espaços. Em 2020 iniciaram a expansão e hoje estão em 12 outros países: Portugal, Suíça, Áustria, Bélgica, França, Holanda, Tunísia, Polónia, Espanha, Luxemburgo, Ucrânia e Dubai.
Laudenice acredita que esta "é a primeira de muitas lojas". "Recebemos cerca de cinco solicitações diárias de franquias", conta à MAGG, acrescentando já estar em processo de entrevistas com os interessados. "Os lugares mais pedidos são Porto, Coimbra, Braga, Lisboa, Almada e Funchal", revela.
Todas as outras que abram em Portugal terão "algum diferencial". Cada uma será, tal como a que já abriu, "muito instagramável". "Como o nosso público está tão focado no Instagram, vamos dar-lhe a oportunidade de vir à nossa loja fazer fotos", justifica sobre este espaço onde até a casa de banho convida a uma sessão fotográfica.
A aposta nas redes sociais tem sido forte e dado frutos, sendo que, duas semanas depois da abertura, já acumulam quase oito mil seguidores no Instagram e quase quatro mil no TikTok. As publicações surgem de forma frequente, pois acreditam que "há um mercado muito forte no digital". "Queremos facilitar a vida das pessoas que estão a toda a hora no telemóvel", elucida Laudenice. "Somos uma empresa jovem. O nosso conteúdo na Internet não é o mesmo. É muito moderno", acha.
"Estes donuts são muito mais recheados, muito cheios. Sente-se o amor aqui dentro"
A MAGG esteve na inauguração da primeira loja da Royal Donuts em Portugal, que aconteceu dia 16 de setembro, e a fila de pessoas para provar os antecipados donuts já estava bem composta. Frederico, o primeiro cliente na fila chegou às 11h30 (a abertura de portas aconteceu às 15h), e Larissa juntou-se ao amigo mais tarde, mas teve uma razão: foi fazer as unhas, que decorou com donuts, "para combinar com a loja".
Foi através de um anúncio no Instagram que tiveram o primeiro contacto com a Royal Donuts. Souberam que, no evento, existiria um sorteio com vários prémios, sendo o melhor deles um iPhone, o que os deixou ainda com mais vontade de estarem presentes na inauguração.
"Ela estava muito empolgada, quer ganhar muito o iPhone. Então, queria ter a certeza de que fossemos dos primeiros a chegar", disse Frederico à MAGG. "É sorteio, mas temos mais hipóteses de ganhar por sermos os primeiros", disse Larissa, visivelmente entusiasmada.
"Estamos doidos para provar", adiantou o casal, antes de dar a primeira dentada. Já com os dedos e a boca sujos, deram-nos a opinião acerca destes donuts. "A massa é muito bem feita. É tudo mesmo impecável. E eu sou cozinheiro, sou meio chato para comer. Está aprovado, aprovadíssimo", garantiu Frederico.
Larissa achou "muito bom". "Adorei. Enche a boca. É de nos lambuzarmos. Estes donuts são muito mais recheados, muito cheios. Sente-se o amor aqui dentro", considera. Ficaram muito agradados com estes dois doces e também ansiosos por provarem outros sabores, sendo que vão "com certeza" voltar.