O que não falta em Lisboa são restaurantes criativos, mas poucos conseguem juntar tradição, inovação e uma verdadeira experiência gastronómica com alma portuguesa e toques internacionais como o Bistro 100 Maneiras.

Mensagem. Experimentámos as novidades deste restaurante com a melhor vista (e só pensamos em voltar)
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Situado no coração da cidade, o espaço recebe cerca de 70 pessoas em dois andares, incluindo uma sala privada, combinando uma atmosfera descontraída com detalhes de autor, onde cada prato reflete as viagens, vivências e experiências do chef Ljubomir Stanisic e da sua equipa, liderada pelo chef executivo Manuel Maldonado.

Aberto desde 2010, o Bistro é conhecido pela qualidade dos ingredientes, criatividade e serviço impecável, sendo um dos restaurantes mais emblemáticos de Lisboa.

Entre as novidades, destaca-se o novo menu Bistro Bites, servido na forma de "picanços": pequenos petiscos que permitem provar o melhor do Bistro sem recorrer à refeição tradicional entrada-prato-sobremesa. Os picanços podem ser pedidos à carta ou na opção "Às Cegas" (35€), um menu composto por oito momentos escolhidos pelo chef, apenas servidos na parte de baixo do restaurante.

A experiência pode ainda ser enriquecida pelos novos mini cocktails, que incluem clássicos como margarita, negroni e daiquiri, criações de autor como Red Hot Guava, Ruibarbo e Pêra (7,50€ cada), ou a degustação de três mini cocktails por 19,50€, como quem diz "a conta que Deus fez".

O restaurante mantém ainda a carta tradicional, os menus especiais de almoço "Regresso a Portugal" (sábado) e "Regresso à Bósnia" (domingo), bem como a carta de cocktails históricos no bar, incluindo a nova seleção Back to the Future.

O menu de picanços combina clássicos adaptados em formato bite-size e algumas novidades da cozinha. Entre os pratos que se mantêm estão as famosas cascas de batata com molho trufado (4€), o tártaro de beterraba orgânica com manjericão, wasabi e nozes (4,50€) e o polvo com mel picante, especiarias e puré de batata-doce (9€). As novidades incluem o bonito com shisô e caviar de mostarda (6€) e os cogumelos portobello confitados (2€).

A nossa viagem foi uma verdadeira explosão de sabores e picanços que nos fez querer comer mais e mais. Começámos pelo burek de couve e batata com molho de iogurte (4€), inspirado na Bósnia, que nos surpreendeu pela positiva, devido à mistura de sabores. Seguimos para as cascas de batata com molho trufado (4€), um clássico intenso com sabor a trufa, sem dúvida divinal. O tártaro de beterraba orgânica com manjericão, wasabi e nozes (4,50€) destacou-se pela sensação fresca e o toque picante do wasabi (se não for fã de wasabi, este picanço não é para si), enquanto o croquete de cecina (3€) parecia simples à primeira vista, mas conquistou-nos logo o estômago pela suculência e cremosidade do recheio.

Também experimentámos os croquetes de polvo com mayo fumada (4€/un), a lula de anzol frita com mayo de wasabi (4€) e a salada de cogumelos e espargos com espuma de béarnaise (4,50€), todos pratos de excelência, ainda que a salada tenha sido o que nos convenceu menos.

Entre os pratos mais elaborados, a lasanha crocante (8€) com cogumelos, parmesão e trufa destacou-se como um dos nossos preferidos, enquanto o rossini do lombo com demi trufada (10€) proporcionou uma explosão de sabores impressionante. O polvo com mel picante e puré de batata-doce (9€) manteve-se como um clássico irresistível.

Para sobremesa, a experiência não podia ter terminado da melhor maneira: mousse de chocolate bio da roça Diogo Vaz (5€) perfeita para os amantes de chocolate, a espuma de queijo com sorbet de goiaba (5€), uma das sobremesas mais vendidas do espaço (um verdadeiro sonho), a tarte de limão merengada (4€) e o ananás dos Açores com sabugueiro (5€) feito em calda de açúcar, com gelatina de sabugueiro e raspas de lima por cima, que encerraram a refeição de forma perfeita.