Se um dos seus objetivos para 2025 é visitar mais exposições e ficar a conhecer melhor diferentes artistas, a Fundação Calouste Gulbenkian tem os programas perfeitos. De cara lavada desde 20 de setembro, o renovado Centro de Arte Moderna (CAM) vai contar com novas exposições já a partir do mês de fevereiro.

Em destaque estão as exposições de Paula Rego e Adriana Varejão e de Carlos Bunga, que vão ficar no espaço Nave da Fundação Calouste Gulbenkian. A primeira, de subtítulo "Entre os vossos dentes", reúne 80 obras e irá dar valor às linhas comuns entre as duas artistas, onde o foco principal é a violência, quer seja no campo político quer seja na vida privada de cada um, assim como a história das mulheres espalhadas por todos o mundo. Um dos destaques desta exposição vai para a obra "A Primeira Missa no Brasil", de Paula Rego, que foi feita em 1993 e raramente é exibida ao público. A artista luso-britânica morreu em 2022, e chegou a ser condecorada pelo Governo Português e pela Rainha Isabel II pela sua arte.

Carlos Bunga é outro artista que ganha visibilidade nas exposições da fundação em 2025, com uma das suas exibições "mais complexas e pessoais" até à data, segundo o comunicado. Em "Habitar a Contradição", o artista vai levar até à Fundação Calouste Gulbenkian a maior instalação de cartão criada propositadamente para o espaço, incorporando várias obras de arte da coleção do Centro de Arte Moderna e materiais de arquivo na exposição."A minha primeira casa era uma mulher", feito em 1975, é o nome do desenho que vai dar início à exposição, cuja imagem é uma figura grávida com uma casa na cabeça e formas de humanos e animais nas mãos e nos pé, que representa a mãe de Carlos Bunga.

Além destas duas na Nave, também a Sala de Desenho, a Sala de Som, o Espaço Engawa e o Espaço Projeto do Centro de Arte Moderna vão receber exposições durante o ano de 2025, de artistas convidados como Julianknxx ("Como em Memória de um Voo"), Zineb Sedira ("Standing Here Wondering Which Way to Go"), Diana Policarpo ("Ciguatera"), Mikhail Karikis ("Sons de uma Revolução"), Tristany Mundu ("Cidade à Volta da Cidade") e Francisca Rocha Gonçalves ("Interferências no Tejo"). Na Galeria Principal da Sede, o destaque vai para a Arte Britânica, com a exposição "Ponto de Fuga", que reúne várias obras que mostram o impacto de diferentes artistas na arte do Reino Unido no século XX.

Em 2025, destaca-se ainda uma exposição promovida pelo Programa Gulbenkian Cultura, que pretende falar sobre os encontros e desencontros entre Brasil e Portugal. Reunindo obras de arte, vídeos, peças musicais e documentos, esta exposição, que vai estar em exibição entre novembro e fevereiro de 2026, quer promover um contexto de diálogo entre os dois países, com o objetivo de dissolver quaisquer estereótipos. Saiba até quando estão as outras exposições na Fundação Calouste Gulbenkian.

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