É uma das maiores estreias de maio no streaming em Portugal. "Joker", o filme de 2019 que, realizado por Todd Phillips, valeu a Joaquin Phoenix o Óscar de Melhor Ator, vai chegar ao streaming para ser visto a qualquer altura e em qualquer lugar.

Pode apontar na agenda. Será já a partir de 20 de maio que "Joker" vai passar a estar incluído no catálogo da HBO. Ainda que o filme seja protagonizado por uma das maiores personagens da banda de desenhada, com mais de 80 anos de história, "Joker" não é um filme de super-heróis — mesmo que a figura central seja o maior inimigo de Batman.

"Joker". Filme não inspira à violência, mas devia inspirar-nos a lidar melhor com potenciais vilões
"Joker". Filme não inspira à violência, mas devia inspirar-nos a lidar melhor com potenciais vilões
Ver artigo

É, sim, cinema de autor através do qual a fotografia, a banda sonora e a prestação de Phoenix trabalham em conjunto para deixar o espectador desconfortável, compassivo e desorientado com um homem que, depois de espezinhado e rejeitado, se torna no psicopata violento e maníaco por que ficará sempre conhecido.

Mas grande parte do filme dá a conhecer o homem por detrás de Joker: Arthur Fleck, um homem miserável que sofre de uma doença mental que o faz rir descontroladamente em situações de desconforto, pânico, medo e insegurança.

Arthur já esteve internado, trabalha como palhaço e quer ser humorista de stand up, mas não singra em nenhuma das áreas. É humilhado sistematicamente, sofre do mal de não ter graça e a sua aparência pouco cuidada, aliada à personalidade deslocada numa sociedade que procura e promove a perfeição, levam-no à rejeição e à desgraça.

Apesar da polémica em que se viu envolvido (em que alguns críticos acusaram a produção de glorificar, e até branquear, a violência), o filme acabou por levar dois Óscares para casa: o de Melhor Atriz e o de Melhor Banda Sonora. No total, esteve nomeado em 11 categorias.

Do elenco fazem parte nomes como Robert De Niro, Frances Conroy, Marc Maron e Zazie Beetz.