A aldeia histórica de Castelo Novo é o cenário e também personagem da nova série “Salto de Fé”, da RTP com produção da SP Televisão, e realizada por Jorge Queiroga. Localizado no município do Fundão, o seu castelo remonta para "oito séculos de história". Com vistas sobre a natureza, a série de comédia conta a história de um jovem padre e idealista, o Padre Tiago, interpretado por Diogo Valsassina, que enfrenta algumas peripécias.
A MAGG esteve presente na antestreia da série, no Castelo de São Jorge, no centro da capital, esta terça-feira, 23 de julho e conta-lhe mais sobre este projeto de ficção, que arrancou várias gargalhadas a quem assistiu ao primeiro episódio, e que está prestes a estrear.
“É uma comédia pura, foi rodada em Castelo Novo. Vai ser emitido em linha, de segunda-feira a sexta-feira, com um episódio por dia”, anuncia José Fragoso, diretor de programas da RTP1 e RTP Internacional. “Ficção de qualidade e portuguesa”, rematou.
Paulo Fernandes, presidente da Câmara Municipal do Fundão, elogiou o elenco de atores, ressaltando que os mesmos deixaram a sua marca em Castelo Novo, dada a envolvência com a região e com os populares, particularidades que são rapidamente evidentes. “Ainda hoje se comenta a vossa presença”, disse, dirigindo-se ao elenco.
Jorge Queiroga, realizador da série, sublinha a beleza do local de gravações, bem como a envolvência de todo o elenco neste projeto. “Foi um trabalho num sítio lindíssimo, em condições climatéricas arrojadas e foi fantástico o envolvimento de toda a gente."
“O castelo que temos é o bem fazer, o bem escrever e o bem produzir”, começou por dizer, em tom de metáfora, Jorge Marrecos Duarte, cofundador e administrador da SP Televisão. “O que eu acho que é absolutamente notável, não é só ser uma série portuguesa, mas ser uma série portuguesa de comédia popular e eu acho que é fundamental trabalharmos em comédia popular."
O elenco é composto por atores como Diogo Valsassina, Luísa Cruz, Frederico Amaral, Sofia Sá da Bandeira, João Didelet, Heitor Lourenço, Jorge Mourato e Joaquim Nicolau.
Veja o trailer de "Salto de Fé"
"As pessoas precisam de rir"
À MAGG, os atores Frederico Amaral (Moisés) e Heitor Lourenço (Vigário), explicaram como surgiu o convite, desvendaram mais sobre as particularidades das suas personagens, acabando por refletir sobre a importância do género de comédia e o efeito que a mesma tem no público.
“Então ligaram-nos e nós aceitamos”, começou por dizer, entre risos, Frederico Amaral. “No meu caso particular, ligaram à minha agente, mas no início havia um certo secretismo, mas depois veio a descrição das personagens e eu gostei bastante do meu e de todos os contornos, o facto de ser fora, de ser uma série em tom de comédia aliciou-me bastante”, contou Heitor Lourenço.
“Foi a minha agente que me ligou, que disse que havia esta série, esta personagem, mas com a particularidade que teríamos de estar cinco semanas fora de casa, no Fundão, o que em termos familiares temos de pensar sempre muito bem e profissionais também. Mas tudo se conjugou muito bem, acabei por aceitar, porque também adorei a descrição da personagem”.
“O meu personagem vai sempre em escalada tentar ‘cortar as pernas’ ao padre, mas ele próprio vai ser vítima de algumas coisas que anda a semear. Vai haver cada vez mais uma escalada de aventuras das personagens” descreveu o artista, que conta com mais de 30 anos de carreira.
“Vão acontecendo muitas aventuras ao longo dos episódios”, reforçou Frederico Amaral, que descreve que a sua personagem, Moisés, vai ficar "embevecido pela mãe do padre". “O que eu acho que é mais interessante nesta série é que 90% das gravações foram feitas em cenários reais, com pessoas de lá, parece que tudo se tornou mais realista, tudo isso dá uma beleza ao projeto em termos de imagem, de tudo, em termos humanos”, acrescentou.
Por se tratar de uma série de comédia, os atores refletiram sobre a importância deste género e que efeitos têm nos espectadores. De acordo com os dois artistas, a missão é cumprida quando veem as pessoas a rirem-se com as suas peças. “É nos teatros que notamos, no cara a cara com as pessoas, que percebemos que as pessoas querem rir, aliviarem-se”. “Vamos ao coração das pessoas”, rematou Heitor Lourenço.
“Eu sou um amante de comédia, tanto de fazer como ver. Em Portugal apoia-se muito pouco. As pessoas precisam de rir, claro que é importante haver vários géneros, mas as pessoas gostam, nós passamos um bom momento aqui a rir”, destaca Frederico Amaral, que esteve nos palcos do Teatro do Sá da Bandeira com a peça "A Amante do Meu Marido".
“As pessoas têm uma grande empatia e unem-se muito à volta de uma comédia popular, e depois porque tem muito que ver connosco”, frisa Heitor Lourenço. “Sobretudo nos tempos atuais, a comédia apresenta uma função quase sociológica. Nos tempos em que vivemos, as pessoas querem também ser aliviadas dos seus quotidianos. E acho que é muitíssimo importante”, concluiu o ator, que também participou na série de comédia "Bem-Vindos a Beirais".
A série, que conta com 13 episódios, estreia a 5 de agosto, às 21 horas, será emitida durante a semana e também estará disponível na RTP Play.