O verão chegou ao fim, mas isso não significa que as viagens e as escapadinhas tenham de ficar em suspenso até o calor voltar em força. Qualquer altura serve para desligar o botão do stresse da vida rotineira e ser turista, mesmo dentro do próprio país. O Centro de Portugal está cheio de monumentos, paisagens incríveis e locais onde se come como se estivéssemos em casa.
E como há tanto para ver e viver no Centro de Portugal, o difícil é mesmo escolher. Por isso, deixamos-lhe 6 sugestões que, estamos certos, o irão surpreender!
Vá conhecer a Cidade Criativa do Design
Leu o título e pensou, “mas onde fica a Cidade Criativa do Design e porque tem esta designação?”. Fica na Covilhã e é só um dos melhores destinos para uma escapadinha a dois.
Apesar de muito reconhecida por pertencer à região da Serra da Estrela, a cidade é muito rica em história, património e cultura, e com uma arquitetura digna de apreciação. Além de um centro histórico muito bonito e rico, a cidade tem-se desenvolvido nas mais diversas áreas. Em 2021, por exemplo, foi designada pela UNESCO como Cidade Criativa do Design.
Um reconhecimento pelo compromisso em colocar a cultura e a criatividade no centro do desenvolvimento e partilha de conhecimento e boas práticas. Este certificado é entregue a várias cidades pelo mundo que investem na cultura, na criatividade – do artesanato à música – e no desenvolvimento sustentável.
A Covilhã é a única em Portugal com este certificado e a terceira no mundo, o que, só por si, já justifica uma visita.
Enquanto explora a Arte Urbana da cidade, num incrível roteiro a céu aberto, aponte as nossas sugestões para relaxar e apreciar a gastronomia desta zona: n’A Taberna A Laranjinha ou no Chef Magalhães, dois dos restaurantes da Covilhã com comida tipicamente portuguesa que aconchega o estômago entre viagens.
Retemperado, e porque a lã e os lanifícios são parte do ADN da cidade há mais de oito séculos, descubra o New Hand Lab e o Museu Nacional dos Lanifícios da Universidade da Beira Interior, espaços onde se promove a criatividade, a inovação e o empreendedorismo.
Viaje no tempo ao visitar Sortelha
Para os amantes de História, este roteiro poderá ser uma verdadeira viagem ao passado. Bem perto da Covilhã — a cerca de 40 minutos de carro pela A23 —, chegamos ao concelho do Sabugal, mais precisamente a Sortelha, uma das doze Aldeias Históricas de Portugal.
Esta é uma das aldeias mais antigas de Portugal e uma das mais bem conservadas, mantendo a sua arquitetura e estruturas desde o renascimento — com casas rurais e em granito.
Os traços medievais estão por toda a parte, mas não pode perder pontos como a Porta da Vila, a entrada principal da aldeia, o Largo do Carmo, onde vai encontrar o restaurante Dom Sancho, o chafariz da Azenha, a antiga prisão de Sortelha e as casas mais famosas da aldeia: a casa do Governador, Árabe e a dos Falcões.
Respire o ar puro dos Jardins do Paço Episcopal
Depois de uma boa caminhada no centro histórico de Castelo Branco, relaxe nos Jardins do Paço Episcopal. Já viu fotografias de labirintos maravilhosos e dignos de histórias de princesas? Pois, este jardim é mesmo assim. Só que ainda mais bonito. Mandado construir pelo bispo da Guarda, D. João de Mendonça, este espaço está dividido em quatro áreas: a entrada, o patamar do buxo, o jardim alagado e o plano superior.
Os patamares dividem-se por escadarias e, ao longo do passeio, vai encontrar percursos temáticos, estátuas de granito, lagos e repuxos.
É aqui que poderá encontrar o cenário perfeito para as fotografias que vai querer recordar mais tarde, ou para os cenários mais idílicos a publicar no Instagram.
Conheça os Passadiços da Ribeira das Quelhas
Uma das vantagens de explorar o interior de Portugal é poder caminhar na natureza com paisagens surpreendentes como pano de fundo. São disso exemplo os Passadiços da Ribeira das Quelhas, na Serra de Lousã.
Durante muito tempo, apreciar as cascatas e lagoas desta zona implicava percorrer um dos trilhos mais duros desta serra. Em 2020, no entanto, com a construção dos passadiços, os passeios tornaram-se mais leves, acessíveis e agradáveis para todo o tipo de viajante — do mais ao menos experiente.
Os Passadiços da Ribeira de Quelhas passam pela margem direita da Ribeira de Quelhas e têm uma extensão de 1,2 quilómetros. Sugerimos que prepare uma mochila com protetor solar e água para se manter hidratado ao longo do caminho.
Vá conhecer a icónica Ecopista do Dão
Da linha ferroviária que ligava Santa Comba Dão a Viseu, desativada em 1988, nasceu a Ecopista do Dão – a maior de Portugal, com uma extensão de 49 quilómetros.
A pista localizada em Viseu Dão Lafões começa em Santa Comba Dão e percorre as margens do Rio Dão e do seu afluente, o Paiva. Ao longo do percurso vai encontrar várias espécies de árvores, como o sobreiro e o castanheiro, mas também algumas vinhas e aldeias.
Este percurso pode ser feito a pé ou de bicicleta e obriga a paragens para descansar, contemplar e repor energias, claro.
Propomos que leve um lanche, com produtos regionais, e faça um piquenique nas frondosas margens da Praia Fluvial Nagozela. Uma outra opção será sentar-se num dos cafés ou restaurantes ao longo do percurso, e usufruir de uma bela refeição, com tudo a que tem direito. Inclusive a hospitalidade das gentes da Beira!
Onde ficar e onde comer
Na cidade de Viseu e na região de Viseu Dão Lafões, existe alojamento variado para todos os gostos com elevados níveis de conforto e qualidade. Para uma estadia calma e relaxante num ambiente requintado ou descontraído, venha até ao Centro de Portugal e sinta-se em casa. Uma das nossas sugestões, é o Viseu Ryokan que, localizado no centro histórico de Viseu, é uma porta de entrada para outra cultura — a japonesa —, através de quartos tradicionais e confortáveis para recarregar energias antes de retomar caminho pelo que de melhor Portugal tem para oferecer.
Não parta sem provar a vitela assada de Lafões e o entrecosto com chouriço e grelos, acompanhados de um excelente e frutado vinho do Dão. Outra sugestão mais leve, mas não menos importante, é a suculenta Maçã Bravo de Esmolfe, produto certificado exclusivamente português.