Penso que estão familiarizados com aquele sentimento de busca por plenitude, uma fração de segundos em que a terra para de girar e nós podemos contemplar tudo o que está à nossa volta.

Existe uma situação em que eu consigo ter um bocadinho disto tudo. Falo de um simples pôr do sol, uma oferta da nossa querida natureza, o momento em que o sol se perde no horizonte e dá vez à lua para ter um lugar de protagonista no céu. Um momento, designado pelos cientistas por “ocaso”, que acontece devido à rotação da Terra no nosso planeta.

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E eu, sempre que posso, não resisto a não contemplar um. Aliás, tenho um ritual: no primeiro dia de cada ano sento-me sempre na praia a ver o sol despedir-se do dia. São frações de segundo em que ganho energia para o que aí vem, minutos em que a azáfama do dia a dia desaparece totalmente, em que uma magia desconhecida me invade e consigo respirar normalmente. Há uns em que o laranja inunda o céu, mas há outros em que o vermelho se mistura com o amarelo e fica uma verdadeira obra de arte mesmo diante dos nossos olhos.

Se são fãs de um belo pôr do sol como eu, mostro-vos aqui fotografias do último que tive a oportunidade de presenciar. Foi um dos mais bonitos que vi em Lisboa. Já diz a astrologia que o sol é símbolo de união, infinito, energia ou união. Mesmo sem ser com um pôr do sol, dias solarengos trazem vitalidade a todos. Daí dizerem que os portugueses são um povo alegre — somos uns sortudos por estarmos no inverno e o sol ser praticamente uma constante na nossa vida.

Já alguma vez pararam por Belém ao final do dia, mesmo atrás da Fundação Champalimaud? Onde existe um espelho de água e, por isso, até conseguimos ver o pôr do sol refletido. Acreditem em mim: vão ficar surpresos com a vista que é possível obter-se deste lugar. As cores tornaram-se parte do rio Tejo, a outra margem ficou incrivelmente delineada com as sombras provocadas pelo pôr do sol, e, claro, o meu espírito ganhou alento para o que der e vier. Quase que dá a sensação de que os problemas se evaporam e ajudam a criar tonalidades ainda mais bonitas no céu.

É sabido que, em lugares menos explorados, como no interior do nosso País ou até mesmo na praia, a vista é muito mais privilegiada, mas temos de saber tirar partido daquilo que temos. Todos os cantinhos são bons para admirar o horizonte.

Se forem aficionados por um belo pôr do sol como eu, não hesitem em enviar-me as vossas fotografias.