Após os dias cinzentos do confinamento devido à pandemia da COVID-19, duas irmãs decidiram espalhar cor através de uma nova marca de roupa: Éme. "Pensámos que nesta fase tão depressiva que o mundo está a passar, seria interessante trazermos aquilo que nos traz energia positiva: peças mais alegres", diz Marta Pinto Oliveira e Barrão, de 29 anos, à MAGG. "A ideia é trazer mais cor a estes dias um bocadinho cinzentos", acrescenta.

A ideia partiu de Marta, que trabalha na área de marketing na indústria farmacêutica, e de Mariana Pinto de Oliveira, de 25 anos e enfermeira de bloco operatório, que há muito tempo queriam "ter um projeto de manas".

A oportunidade surgiu agora e da ideia, que surgiu no início de março, ao lançamento, a 26 de abril, foi tudo feito em tempo recorde, tal não era a vontade de espalharem o arco-íris por aí. "Começámos a pesquisar fornecedores, a fazer o conceito de toda a ideia, depois surgiu o nome, depois fizemos o logótipo. Fomos nós que fizemos tudo", diz a cofundadora. Sobre a escolha do nome, foi óbvio: com uma marca criada por Marta e Mariana, duas manas, dirigida a mulheres, a repetição do "M" só podia resultar em algo relacionado com esta letra. E assim ficou Éme.

Éme
(Direita) Marta Pinto de Oliveira e Barrão, de 29 anos, e (esquerda) Mariana Pinto de Oliveira, 25 anos

Contudo, apesar de a ideia criativa, as fotografias, comunicação e design estar a cargo das irmãs, não são elas as responsáveis por desenhar e costurar, apenas fazem a escolha das peças que serão lançadas em coleções cápsula cheias de cor. Aliás, essa não falta e é por isso que as peças da Éme são para mulheres que não têm medo de arriscar em cores e padrões distintos num só look. "Pensámos numa mulher com um espirito jovem, que não tem problema em vestir cores, em ter um estilo mais descontraído, que mesmo com umas roupas mais descontraídas ora consegue pôr uns ténis, ora um salto alto. Mulheres que conseguem criar estilos cheios de personalidade", destaca Marta.

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A ideia da coleção cápsula é garantir exclusividade, e isso fez com que algumas das primeiras peças tenham esgotado mal foram lançadas. "Estávamos completamente a léguas de imaginar que no primeiro dia íamos logo esgotar peças. Porque, ok, não temos assim muita quantidade, mas também não temos assim tão pouca", diz Marta. Uma das primeiras peças a acabar o stock, que até tinham em maior quantidade, foram as calças Lisboa, em lilás e azul. "Foram mesmo um sucesso", destaca a irmã mais velha.

Lisboa é apenas um dos nomes escolhidos para as peças da coleção cápsula, mas vai encontrar outras cidades espalhadas pelo mundo: Tóquio, num polo lilás, Valência, num cardigan que esgotou e continua a ser pedido, ou Estocolmo, numa sweat. A razão? "Gostamos muito, mesmo muito, de viajar e ainda por cima estamos sedentas com esta coisa da pandemia. Além disso, são nomes que nunca vão esgotar", refere Marta. E os nomes não foram escolhidos ao acaso. "Foi olharmos para peças e pensar: 'Onde é que ficava bem vestirmos? Por exemplo, camisa Formentera. 'Eu vestia mesmo isto em Formentera'. A nós fez-nos sentido". Assim, além de a roupa estar pré-escolhida para uma próxima viagem, as mulheres já vão com a certeza de que o look combinará com a paisagem e o feed de Instagram.

De acordo com a cofundadora, não vão ter coleções por estação (primavera/verão e outono/inverno). O objetivo é lançar pouca quantidade num intervalo de cerca de 15 dias e Marta revela à MAGG os pormenores sobre a próxima coleção cápsula. "Podemos dizer que vai ser muito mais verão. Nesta ainda lançámos assim uns casaquinhos, umas mangas compridas, uns conjuntos para estar em casa durante a pandemia", lembra, mas a próxima vai incluir coisas como "tops e vestidos".

Umas das características da Éme é que só paga mesmo as peças, uma vez que os portes são gratuitos. "Pensámos que seria melhor, até para as pessoas ficarem mais agradadas. E quando dizemos oferecer os portes, não tem de ser só por CTT. Se a pessoa estiver perto de nós, podemos ir com o nosso carro e entregar em mãos. Continua a ser uma oferta de portes", explica Marta. Apesar de terem uma nota na biografia da página de Instagram, Marta revela que algumas pessoas, depois de perceberem que não teriam de pagar o envio, ficaram "super contentes". "Pode ser um valor simbólico, mas na cabeça faz diferença", acrescenta.

Pode fazer a encomenda (das peças que ainda restam e das próximas coleções) através de mensagem privada no Instagram da Éme, no qual são lançadas as coleções da marca.