Brincos feitos à mão, de várias cores, formatos e feitios e com o objetivo de celebrar a beleza individual na imperfeição. Se tivéssemos de descrever a The.Brunette, a marca de brincos artesanais que acaba de chegar ao mercado com preços muito acessíveis, aquela frase bastaria. Mas não contaria a história toda.

E porque todas as histórias têm um princípio, é preciso recuar à altura em que Ana Cortez, 32 anos, criativa, profissional na área da comunicação e fundadora da The.Brunette, tinha apenas 14 anos. "Nessa altura, durante as férias de verão, passava horas a fazer colares e pulseiras com a minha irmã. Não era nada muito profissional, mas vendíamos [as peças que produziam] às amigas da minha mãe e sentíamo-nos super empreendedoras", diz Ana Cortez em entrevista à MAGG.

Talvez esteja aqui a ideia fundadora deste projeto que, diz-nos, "surgiu como um escape e uma viagem" até à sua adolescência.

"As recordações que tenho dessa altura são muito felizes e deixam-me sempre com um sorriso na cara. Quis recuperar essas boas recordações e aventurar-me pelos brincos, que são um acessório que adoro", continua.

Inicialmente começou por produzi-los apenas para si, mas à medida que as ideias foram fluindo e dando lugar a modelos cada vez mais originais, foi percebendo que captavam a atenção das pessoas que os viam.

"Apercebi-me de que as pessoas à minha volta gostavam dos brincos e perguntavam onde é que os tinha comprado. Quando dizia que tinha sido eu a fazê-los, perguntavam-me porque é que não os vendia. Foi aí que se deu o clique. Foi aí que comecei a pensar no nome, nas cores, nos brincos que podia fazer e em todo o processo que criar uma marca implica", refere Ana Cortez.

Brincos que são muito mais do que acessórios

Lançada em 2023, a The.Brunette surge como uma celebração da individualidade, originalidade e diversidade.

Por isso, o processo de produção de cada brinco não é feito ao acaso. Cada detalhe destes brincos artesanais é trabalhado com precisão, desde a seleção das cores até à textura final. E nunca dois modelos são iguais. É que todos os brincos são feitos à mão com recurso a cerâmica plástica — mais conhecida por FIMO —, que se traduz por um material versátil que, nas palavras de Ana Cortez, permite "uma variedade infinita de cores e formas".

Graças à forma artesanal como são produzidos, há sempre diferenças, ou imperfeições, que são "parte integral de todo o processo, já que é aí que encontramos a autenticidade e a beleza em cada par". E o melhor de tudo é que o material com que são feitos garante sempre brincos leves e confortáveis, mas não menos trendy.

A primeira coleção de brincos The.Brunette tem inspiração na natureza e na beleza feminina. Por isso, os nomes escolhidos para cada brinco são de deusas gregas como uma forma "de celebração da força e do poder da mulher, mas também da capacidade que ela tem de ser o que ela quiser", diz a responsável da marca.

"Esta coleção foi inspirada nas mulheres que fazem parte da minha vida, nas que me inspiram diariamente, nas que eu nunca cheguei a ter oportunidade de conhecer e também nas que um dia gostaria de conhecer", continua.

Da coleção fazem parte estes brincos Medusa XL, com um espigão em aço inoxidável antialergíco cujas cores podem ir do magenta, ao amarelo limão ou lavanda (14€); os brincos Calíope, disponíveis em verde ou laranja (15€); ou os brincos Íris, disponíveis em várias cores como azul elétrico ou verde esmeralda (14€). Mediante pedido, todos os modelos podem ser personalizados.

Para já, há mais de 10 modelos de brincos por onde escolher nesta coleção. Todos eles são feitos à mão e demoram cerca de três dias a ser produzidos.

E numa altura cada vez mais industrializada e dominada pelo automatismo e artificialismo do digital, o processo de fabrico de cada modelo remete-nos para momentos nostálgicos — aqueles em que as coisas eram muito mais simples e autênticas.

"Depois de escolhidas as cores e os formatos, os brincos [feitos com cerâmica plástica] têm de ser endurecidos no forno, mas ainda há um longo caminho por percorrer até ficarem perfeitos. Depois de cada modelo arrefecer, todos os cantos têm de ser limados para que o excesso de massa possa ser retirado", explica Ana Cortez.

Depois disso, é a vez de a superfície ser polida "para ficar com um aspeto liso e macio", para, então, serem postos "espigões em aço inoxidável antialergíco ou argolas". No final, é a vez de o verniz mate ou brilhante ser usado para realçar a cor, sempre viva, de cada modelo.

A one-woman job

A marca The.Brunette é, vamos arriscar dizê-lo, um reflexo de Ana Cortez. Por isso, não é de estranhar que seja ela quem assume tudo. E quando dizemos tudo, é mesmo tudo.

A escolha do formato da massa de cada brinco, a produção dos modelos, o acondicionamento do produto para o envio, o próprio envio e o contacto com os clientes é um trabalho assumido a 100% por Ana Cortez. E só por ela.

"Nem sempre é fácil porque este não é o meu trabalho a tempo inteiro, mas preenche-me. É um escape à realidade onde tento pôr um bocadinho de mim em todo o processo. Quero que quem os receba sinta esta minha paixão por este projeto e sinta que também ela faz parte desta história". Por isso, quem compra os brincos da The.Brunette não recebe em casa apenas mais uma encomenda.

"Os brincos são cuidadosamente embalados numa caixa personalizada, como se de um presente se tratasse, independentemente de ser ou não uma oferta", diz Ana Cortez. A ideia é que quem os receba, continua, "sinta sempre estar a receber um presente".

Os envios dos brincos são feitos todos por CTT. Pode comprar através do site oficial da marca aqui ou através do Instagram.

No próximo sábado, 22 de julho, Ana Cortez vai levar vários modelos de brincos — sempre versáteis, para que possam ser usados em qualquer ocasião ou consoante o mood — ao Hype Market, no Jardim Fernando Pessa, em Avalade.

Ana Cortez e a sua The.Brunette vão lá estar entre as 10 e as 19 horas e haverá modelos exclusivos para comprar que não encontra no site.