A 7ª edição da "Casa dos Segredos" chega já hoje e traz consigo uma nova aplicação móvel com um sistema de inteligência artificial focado na interação entre os espectadores e os concorrentes da casa.

Além de transmitir as galas em direto, a Secret Story 7 permite também que o utilizador reaja em tempo real ao que está a ver, através de dois simples botões: o do Amor e o do Ódio. O sistema identificará o utilizador, o momento sob o qual está a votar e o concorrente que o protagoniza. A ideia passa por combinar as votações do público com o reconhecimento facial dos concorrentes em cena.

Na televisão portuguesa é a primeira vez que esta tecnologia é utilizada, conta Ricardo Tomé, diretor do grupo Media Capital, à MAGG. Embora seja difícil prever se o futuro passará exclusivamente pela criação de conteúdo que recorra ao uso da inteligência artificial, Ricardo diz não ter dúvidas que esta tecnologia terá um papel muito importante nos próximos anos.

"Foi feito um scanning muito completo dos rostos dos concorrentes" para que a app seja capaz de identificar em qualquer situação aqueles que estão a ser votados pelos utilizadores. Independentemente do contexto, das roupas, ou dos adereços usados nas galas.

"Chegámos à conclusão que este tipo de interação pedia a funcionalidade de reconhecimento facial, precisamente porque o utilizador só tem de votar", continua Ricardo, que diz que as outras alternativas se revelavam inviáveis, primeiro porque "votar através de uma poll já não funciona" e o reconhecimento por voz pode interferir com o audio da gala e, assim, arruinar a experiência do espectador.

O novo complemento social do reality show da TVI está disponível para sistemas operativos iOS e Android a partir de hoje, marcando um novo paradigma em que tecnologias avançadas como a inteligência artificial e a realidade virtual estão cada vez mais presentes na forma como acedemos a novos conteúdos.

Já são vários os produtos a apostar na inteligência artificial

Longe vai o tempo em que este tipo de tecnologias estava em fase experimental e cujo acesso era muito restrito. O mais recente smartphone da Huawei, o Mate 10, lançado em novembro de 2017, apostou fortemente na implementação de funcionalidades de inteligência artificial para melhorar a experiência do utilizador.

São cada vez mais os equipamentos a fazer uso da inteligência artificial

Imagine um cartaz de rua com palavras de outras línguas. Normalmente iria ao dicionário ou ao tradutor da Google para descodificar a mensagem, certo? Com o Mate 10 basta apontar a câmara ao cartaz e deixar que o software faça a tradução automática e em tempo real. Sem esforço ou tempo de espera.

Outra característica da câmara é a capacidade de reconhecer o objeto que está a fotografar para, de forma instantânea, lhe apresentar as melhores definições para o tipo de shot que pretende. Alguns dos modos disponíveis são o "Sport Mode" ou o "Food Mode", que são automaticamente selecionados consoante o objeto focado pela lente.

O novo iPhone X também aposta na potencialidade da inteligência artificial. Se até então, a forma mais conhecida para desbloquear um iPhone era através da impressão digital, com o novo modelo isso deixou de ser possível. O dedo foi trocado pelo rosto, e é através de sensores altamente programados para reconhecer as feições e todos os pormenores do rosto do utilizador, que o telemóvel desbloqueia.

Contudo, a inteligência artificial ainda é uma tecnologia em evolução. Nem sempre tudo corre da melhor maneira e há muitas falhas a serem colmatadas. A do iPhone, por exemplo, é a de ainda não conseguir distinguir entre dois rostos de gémeos idênticos. Consegue imaginar a dor de cabeça que é ter um gémeo malvado com o seu iPhone X nas mãos?

Dos produtos aos assistentes pessoais

Mas nem tudo se resume a produtos. Quantas vezes já ouviu alguém dizer "Hey Siri" ou "Hey Google"? A Apple e a Google têm limado o software dos equipamentos para que estejam melhor preparados a responder às necessidades dos utilizadores. Como resultado, os assistentes pessoais estão cada vez mais inteligentes e preparados para o uso real do dia-a-dia.

É que além de permitirem tarefas básicas com o agendamento de tarefas, a criação de alarmes ou a reprodução de playlists de música por comandos de voz, já pode ter conversas complexas com qualquer assistente sem medo que ele se esqueça do conteúdo do diálogo, como muitas vezes acontecia com a Siri antes das últimas atualizações.

O mercado dos assistentes pessoais ganhou tração com a chegada do Alexa da Amazon, em 2014. Focado para a automação do lar, o equipamento permite tarefas como trancar as portas ou acender as luzes de casa. Tudo isto instantaneamente. Mas a empresa não se ficou por aqui e anunciou que os utilizadores poderiam fazer compras online, em toda a plataforma Amazon, através de comandos de voz facilmente configuráveis a qualquer altura.

Para Ricardo Tomé, esta adesão dos fabricantes a novos meios de comunicação é um sinal "dos tempos modernos, em que existe uma necessidade acrescida de acompanhar as novas tendências" que vão surgindo no mercado. A chegada deste tipo de iniciativas a solo nacional, como é o caso da nova aplicação da "Casa dos Segredos" é, sem dúvida alguma, uma mais valia para o sector que, continua, até hoje ainda não viu nada igual.

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