Villanelle não é boa pessoa. Percebemos isso na primeira cena do primeiro episódio de "Killing Eve", quando vê uma criança deliciada a comer um gelado. Depois de lhe sorrir como se estivesse só a ser simpática, levanta-se e atira-lhe o gelado para cima. E sai do café, como se nada tivesse acontecido. Porquê? Uns podem argumentar que se apercebeu do comportamento suspeito do empregado, mas o mais certo é que quisesse apenas causar o caos.
Não estamos perante uma heroína. Mas no meio do seu sadismo e pura malvadez, há algo de inocente e encantador em Villanelle. Ou talvez tudo se deva ao talento de Jodie Marie Comer, já reconhecido nos prémios BAFTA 2019, na categoria de Melhor Atriz em Televisão. Análises à parte, a primeira reação da atriz de 26 anos à sua personagem foi tudo menos positiva.
Duas palavras assustaram Jodie Comer: " Assassina feminina". "Fiquei do género: foda-se, não. Imaginei logo alguém num macacão de couro e saltos de 15 centímetros a escalar paredes", contou à "GQ" numa entrevista publicada esta segunda-feira, 27 de maio. Perguntei: 'Quão nua é que ela vai estar?'. Deveria ter pensado melhor, sabendo que a Phoebe [Waller-Bridge] era a criadora".
"Killing Eve" conta a história de uma agente dos serviços secretos britânicos, interpretada por Sandra Oh, que fica fixada numa assassina chamada Villanelle. A série é baseada nos livros do escritor Luke Jeannings e as duas primeiras temporadas estão disponíveis na HBO Portugal. Já foi anunciada a renovação para a terceira temporada.