Este domingo, 26 de setembro, foi a vez de João Ligeiro contar a sua história, no segmento Curva da Vida. João Ligeiro começou a jogar andebol com 8 anos e foi chamado à seleção nacional. Aos 14 anos chegou o convite do Sporting Clube de Portugal, que marcou o início de um sonho que largou aos 21 anos, após o pai ter sofrido um acidente de automóvel.

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"Olhei nos olhos da minha mãe e percebi que algo se passava, algo não estava bem. Nunca tinha visto a minha mãe nesse estado", confessa o concorrente, explicando que o progenitor conduzia o carro da empresa, sem seguro, tendo sido declarado como culpado.

Depois de nove anos a praticar andebol, João dirigiu-se ao diretor do Sporting Clube de Portugal para rescindir o contrato e regressar a Benavente. "Havia algo mais importante". O concorrente, emocionado, revela que nunca demonstrou o seu sofrimento à mãe, que não comia e se sentia perdida. "Se eu não o tivesse feito, se calhar ela estaria muito pior. (...) Sabia que só o facto de eu estar em casa e de ela me poder ver todos os dias já a ia fazer mais feliz".

João viu os pais desfazerem-se da casa que trabalharam a vida toda para construir e fala sobre tempos difíceis. "Estava a empacotar basicamente o meu passado e dentro daquele passado estava um sonho que durou pouco".

Em estúdio, a mãe conta que conhecia outra versão dos factos e apenas soube a verdade naquele momento. "Se não fosse ele eu não estava cá. (...) Foi ele que me deu força para continuar", diz a progenitora a Cláudio Ramos e Manuel Luís Goucha, emocionada.

Quando era criança, o "avô", companheiro da avó, prometeu inscrevê-lo nas escolas do Sporting, mas morreu antes de o poder cumprir. Se pudesse enviar-lhe uma mensagem, o concorrente dir-lhe-ia: "Não tem que se preocupar com isso, porque entretanto apareceram outros sonhos, que realizei e estou feliz".

Para piorar a situação, quando regressou a Benavente, a namorada que tinha na altura terminou a relação por mensagem. "Deixei de gostar de me olhar ao espelho. Deixei de me sentir vivo, de me sentir bem comigo próprio. Estava completamente destruído". João teve, ainda, outra relação, marcada pela "violência psicológica e pela mentira". O jovem confessou já não ter esperança no amor. "Sinto que, no fundo, eu faço sempre tudo e depois, no fim, sou só um miúdo que é fixe", refere, emocionado.

João trabalhou como serralheiro durante três anos, mas despediu-se para um recomeço no "Big Brother". No confessionário, em conversa com os apresentadores, explica que nunca culpou os pais e que deixar o andebol foi, inteiramente, decisão sua. Sobre os próximos sonhos, menciona televisão, rádio, comunicação e apresentação.

Para A Pipoca Mais Doce, o reality show é o início da curva ascendente de João. "Não tenho qualquer dúvida que muitas coisas boas estarão para vir na vida dele, em termos de amor, em termos de trabalho". João Ligeiro foi o segundo concorrente a participar no segmento da Curva da Vida, inaugurada por Maria da Conceição.