Se "Lua Vermelha" já tinha conquistado o público com a sua história fora do normal e cheia de criaturas sobrenaturais, "Lua Vermelha: Nova Geração" promete elevar toda a fasquia - pelo menos é o que os atores dizem. Esta sexta-feira, 31 de outubro, chega finalmente à Opto (plataforma de streaming da SIC) e à Prime Video o reboot da série de sucesso de 2010, que era transmitida na SIC e que deixava todos os telespectadores apaixonados pelo mundo sombrio dos vampiros, e as novidades são mais que muitas.
Para começar, Rui Porto Nunes e Mafalda Luís de Castro, como já se sabia, voltam aos seus papéis principais de Afonso e Isabel, o casal sensação de "Lua Vermelha" que era formado por uma humana que tinha visões e por um vampiro - no entanto, agora a história é diferente, e apesar de Isabel continuar a mesma, Afonso já não é vampiro e sim também humano, depois de no final da primeira série ter precisado de beber o sangue de Isabel para sobreviver. Com isto, os anos foram-se passando e, casados, são agora pais de Sofia (interpretada por Inês Pires Tavares).
"O nosso amor era o amor impossível, e isso é inesquecível, não é? É muito bom voltar, e foi muito interessante fazer esta minha nova Isabel. É completamente inesperado o que vai acontecer com ela, é algo que não é nada calminho porque ela vai, a todo o custo, proteger a sua família e a sua filha, por quem é tão preocupada por causa das suas visões. As coisas vão mudar muito para a Isabel, estou muito curiosa para ver como é que ficou e só posso agradecer o desafio", explicou Mafalda Luís de Castro à MAGG.
Já Rui Porto Nunes, a interpretar agora um humano, garantiu que Afonso está nesta nova série "sem um peso em cima", uma vez que a sua semblante mais carregada na "Lua Vermelha" de 2010 o tornava num vampiro mais discreto e distante. "Ele não tem poderes, finalmente vive com a mulher que ama, tem uma filha fantástica, portanto é um Afonso totalmente descontruído sem a mágoa de ser um vampiro. Está bem com a vida, está orgulho do que construiu e vive numa altura de tréguas entre vampiros e, agora lobisomens, por isso está tudo bem", disse o ator.
E sim, leu bem, lobisomens - algo que não existia em 2010. Nesta nova série, que é apenas "inspirada e com um toquezinho" da produção original, como explicou Mafalda Luís de Castro, e não totalmente baseada, a luta será entre vampiros e lobisomens, com Henrique Mello (vampiro) e Rui Porto Silva (lobisomem) como protagonistas ao lado de Inês Pires Tavares. Estas novas criaturas (também vão existir sereias) abrem assim todo um novo universo na história, o que acaba por torná-la ainda mais inquietante.
"Foram treinos bem intensos e longos, essa parte foi muito difícil mas valeu a pena para obtermos o resultado que tivemos", disse Rui Pedro Silva, que interpreta Tomás e que garantiu que, entre estes dois mundos, os lobisomens são muito mais divertidos. "Honestamente achei que ia ser o vampiro no início, mas acho que o lobisomem é muito melhor", brincou. Já Henrique Mello explica que Lucas, a sua personagem, também tenta ter este ar de durão característico dos lobisomens, mas que é na verdade um vampiro "muito fofo. "É fofinho. Gosta de se armar em mau, mas ele lá no fundo tem um bom coração".
No meio disto tudo está então Sofia, filha dos protagonistas da série original que é agora a protagonista de "Lua Vermelha: Nova Geração". "Ela é muito destemida e é muito determinada. Eu acho que isso são as características mais fortes e que ao longo da série se vão fazer sentir mais, além de ser muito teimosa. Tem um bom coração e acima de tudo quer que os amigos e a família dela estejam bem, portanto vai fazer de tudo para que isso aconteça", explicou Inês Pires Tavares.
Sobre este elenco mais jovem, a verdade é que Rui Porto Nunes e Mafalda Luís de Castro só souberam tecer elogios, garantindo que o profissionalismo que viram à frente das câmaras é uma mais-valia para o panorama da televisão portuguesa.
"Às vezes não é só o ter talento. E além de terem talento imenso, são incrivelmente bons profissionais. Fazem tudo bem, é incrível e acho que são uma mais-valia, não só para este universo e para a série, mas também para o universo português", disse o ator.
Veja as fotos.
No entanto, a verdade é que integrar o elenco de uma série que já foi tão adorada pelo público português traz sempre uma certa pressão, mas Rui Pedro Silva acredita que as pessoas vão entender que "Lua Vermelha: Nova Geração" é "igual e diferente" da original, e que tem muito pano para mangas.
"Há sempre essa pressão, mas é uma pressão boa, é tentar esquecer o outro tipo de pressão. Mas faço questão que as pessoas percebam que isto é filmado de forma diferente, é contado de forma diferente, por isso não vai ser exatamente a mesma história. Vamos dar o nosso toque, mas claro que não deixa de ser 'Lua Vermelha'. Acho que é uma espécie de modernização", explicou.
"Vai sempre despertar curiosidade ao espectador, e mesmo para quem viu a primeira série, a verdade é que se calhar vai querer ver como é que está a sua série de infância e o que é que mudou", acrescentou Henrique Mello.
Mas além da nostalgia, há também o orgulho pelo conteúdo nacional. "Acho que é bom também porque estamos a consumir conteúdo bom em português. É que isto está muito bom e está muito acima das minhas expectativas. De repente estamos neste mundo fantástico que não é muito explorado aqui em Portugal", rematou Rui Pedro Silva.