A partir desta quarta-feira, 31 de maio, Cascais tem um novo hotel. Esta unidade nasceu da união de um edifício histórico e de um contemporâneo e destaca-se, entre outras coisas, pela vertente artística — para a qual o artista urbano Vhils contribuiu em grande parte.
Assim, o Artsy Cascais tem dois edifícios: um mais moderno, com uma obra de fachada da autoria de Alexandre Farto (Vhils), e um que data do século XIX, construído por um empresário amigo do rei D. Carlos I, e que atualmente pertence ao empresário e administrador executivo da Impresa, Francisco Maria Balsemão.
"O palacete histórico chegou às mãos do atual proprietário por herança. Era a casa da sua avó há cerca de 12 anos e também a sua casa de verão", explicou Francisco Pestana, Diretor-Geral deste hotel de cinco estrelas, à MAGG. "Quando ficou com a casa, achou que era demasiado grande para continuar como casa de família e tomou a decisão de transformar o edifício num hotel", adiantou.
As obras duraram, de acordo com o Diretor-Geral do Artsy Cascais, "aproximadamente três anos". Ao ser construído o segundo edifício, criou-se, então, um contraste. A ala mais recente, repleta de arte, é a que detém a escultura feita por Vhils, que tanto pode ser apreciada por hóspedes como por passantes.
"É como se o cliente estivesse a dormir dentro de uma escultura. Quanto ao lado de fora, a ideia também era que fosse uma obra de arte ao ar livre, para que pudéssemos oferecer à comunidade local essa possibilidade, mesmo estando simplesmente a passar", explica-nos Francisco Pestana.
"Estamos no bairro dos museus, como o Museu do Rei D. Carlos, o Museu do Mar e o Museu Paula Rego. Então, esta ligação à arte tinha de existir", remata o Diretor-Geral. Para a decoração, obra da arquiteta de interiores Marta Carreira, optaram, além das peças de arte, também por tons neutros e tecidos crus. Para os quartos, procuraram elementos de areia e mar, que remetessem para as praias de Cascais.
Este novo boutique hotel, que já está a aceitar reservas, fica no coração da vila e a três minutos a pé da praia dos Pescadores. Tem quatro pisos e cinco categorias de quartos, com dimensões entre os 20 e os 50 metros quadrados. No total, existem 19 quartos, três deles suites — e todos com vista para o mar e para a baía de Cascais.
É possível optar por um cosy room (o quarto standard, mais barato), por um quarto superior, pela artist suite, por um quarto artist (com ou sem terraço) ou por uma signature suite (a maior e mais cara). "A diferença, acima de tudo, são as dimensões", esclarece Francisco Pestana. Os preços começam nos 210€ para época baixa.
No rooftop do Artsy Cascais, exclusivo para hóspedes, existe uma piscina aquecida e também o Honesty Bar, com vista para a zona histórica da vila. Já o Library Bar é ideal para trabalhar, relaxar ou beber um copo ao final do dia. O restaurante Art está a cargo do chef Daniel Estriga e, "para já", é onde são servidos os pequenos-almoços e os jantares.
Não é preciso estar hospedado no Artsy Cascais para provar a cozinha "com influência do Mundo inteiro". "Estarmos próximos do mar fez com que, acima de tudo, quiséssemos evidenciar pratos ligados ao mar", diz Francisco Pestana, adiantando que cerca de 70% da carta tem esse conceito.
O Art só funciona para jantares de terça-feira a domingo. Das 19 horas à uma da manhã servem iguarias como gamba do Algarve, ovas de salmão com ervilhas e soro de leite. Esperam-se clientes oriundos dos Estados Unidos e do Brasil, mas também de vizinhos como o Reino Unido e França. E, claro, "o mercado português será sempre importante".