Desde que Portugal passou a fazer parte da lista de destinos considerados seguros pelo Reino Unido, decisão oficializada a 20 de agosto, a procura de voos aumentou dez vezes por turistas de toda a Europa, conforme é avançado pelo "Expresso" esta quarta-feira, 26 de agosto.

"Tínhamos cerca de 40 mil pesquisas a 19 de agosto, e subiram para 400 mil a 20 de agosto, o dia em que foi anunciado", refere Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, ao mesmo jornal.

E apesar de ter sido o Reino Unido a mudar as medidas, bastou Portugal sair da "lista negra" — deixando de ser necessária a quarentena obrigatória de 14 dias no país de destino — para provocar um efeito dominó no turismo. Alemanha, França, Irlanda e Espanha foram alguns dos países que reforçaram o número de passagens para o País, que vão já nas 450 semanais.

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"A partir do momento em que Portugal foi colocado na 'lista verde' dos corredores aéreos, o número de reservas para Portugal disparou 130% em todo o mundo e só no Reino Unido quase 400%", refere Luís Araújo, destacando que esta percentagem pertence a voos e não hotelaria.

A recuperação é positiva, mas deve ser mantida. Para isso, as companhias aéreas devem começar a aumentar as frequências e rotas à medida que a procura começa a existir, tal como sugere o presidente do Turismo de Portugal, destacando que, acima de tudo, é essencial mostrar que Portugal é um país seguro para viajar.

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Esse reforço já começa a ser feito pela Ryanair, que ainda esta quarta-feira, 26 de agosto, anunciou mais 14 voos semanais entre Algarve e Reino Unido de 11 de setembro a 24 de outubro, novidade que surge acompanhada de uma promoção com bilhetes a partir de 19,99€ por trajecto, de acordo com o "Público".

"Em setembro, o objetivo é o de conseguirmos recuperar 55% a 60% das frequências que tínhamos no ano passado, se tudo correr bem", avança Luís Araújo.