Que atire a primeira pedra quem nunca fez uma viagem de avião desconfortável. Dizemos isto porque, de bebés a chorar a lugares apertados, fazer uma viagem dentro de um tubo de metal voador não é um propriamente um cenário de sonho. Mas há sempre quem encontre ainda mais motivos para reclamar: foi o caso de Gill e Warren Press, um casal de viajantes que quer um reembolso por se ter sentado ao lado de um cão.

O par, que voava a partir da Nova Zelândia, estava a fazer escala em Paris, rumo a Singapura, quando foram surpreendidos ao descobrir que um cão de assistência acompanhava o passageiro do lado – e, diga-se de passagem, não ficaram agradados com a situação.

"Ouvi este barulho – um ressonar mesmo alto. Achava que vinha do telemóvel do meu marido, mas olhámos para baixo e reparámos que era o cão a respirar", conta Gill Press, citada pela "Joe". "Eu disse [ao marido]: 'não vou ter isto [o cão] sentado ao nosso lado a viagem toda", acrescentou.

A par disto, a mulher disse que ouviu o passageiro ao lado a dizer que, quando viajava, fica ansioso, daí ter um cão de assistência a acompanhá-lo. Contudo, segundo o testemunho de Gill, era o cão que parecia estar ainda mais nervoso do que o dono.

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O casal acabou por pedir à assistente de bordo que os mudasse de lugar, mas os únicos assentos disponíveis ficavam na parte de trás do avião, na classe económica, algo que não agradava a Gill e Warren. Isto fez com que acabassem por ficar nos lugares iniciais – só que a presença do patudo continuou a incomodá-los, uma vez que este estava com gases e a ocupar o espaço de Warren.

"Eles não podiam ter o cão no corredor, porque não conseguiam passar com os carrinhos. Por isso, ele teve de entrar ainda mais [no espaço das pernas], o que fez com que ficasse por baixo dos pés do meu marido", frisou Gil, garantindo ainda que, por estar de calções, o companheiro ficou com a baba do animal na perna.

Mais uma vez, fartos da situação, o casal implorou por uma mudança de lugar, que agora já era possível, sendo que havia mais assentos disponíveis, depois de estes terem sido desocupados pelos membros da equipa do voo que lá estavam sentados. No entanto, acabaram por escrever uma reclamação, via e-mail, para a Singapore Airlines.

No rescaldo da queixa, a companhia aérea ofereceu um voucher de 95 libras (cerca de 110 euros) a cada um, três semanas depois do sucedido. No entanto, continuando descontentes, exigiram um reembolso integral, que ainda estão a tentar obter. A companhia acabou por desculpar-se, em comunicado.