
As companhias de aviação já a conhecem e quando a vêem entrar num dos seus aviões já sabem que o mais certo é terem problemas e vídeos a criticá-las. Foi assim em maio do ano passado, quando Jae'lynn Chaney, uma influencer norte-americana, exigiu a uma companhia aérea que lhe cedesse uma cadeira de rodas para circular, devido à sua pouca mobilidade, e a mesma lhe foi negada com o argumento de quem obesidade não era doença. Claro que saiu um vídeo a arrasá-los. E tem sido assim em vários vídeos que Jae'lynn publica nas suas contas de Instagram e TikTok.
Agora, a guerra é com o tamanho cada vez mais reduzido — diz ela — dos espaços nas filas de cadeiras dos aviões. A influenciadora acusa as companhias aéreas de não promoverem "a inclusão de todas as pessoas", sobretudo as "plus size", já que os assentos são cada vez mais apertados, gerando um desconforto extremo. A solução para os obesos, como ela, tem sido o pagar por dois bilhetes para garantir uma viagem minimamente aceitável. Para ela, essa prática é injusta e discriminatória.
Em um vídeo no TikTok que rapidamente se tornou viral, Jae’lynn criticou as companhias aéreas pela redução constante do tamanho dos assentos e pela cobrança adicional imposta a passageiros que precisam de mais espaço. “O que é realmente absurdo é que somos forçados a pagar o dobro pelo mesmo espaço que qualquer outra pessoa tem com um único bilhete”, queixou-se. Segundo ela, essa prática transforma o corpo dos passageiros em fonte de lucro para as companhias aéreas, em vez de buscar soluções que tornem os voos mais acessíveis para todos.
Além da questão financeira, a influenciadora destaca o constrangimento e desconforto que passageiros plus size enfrentam durante os voos. Muitos não conseguem se ajustar aos assentos estreitos, enfrentam dificuldades com os cintos de segurança e lidam com olhares e comentários negativos de outros passageiros.
A queixa de Jae’lynn gerou grande discussão nas redes sociais, dividindo opiniões. Enquanto muitos apoiaram a sua luta, destacando que as companhias aéreas deveriam considerar a diversidade dos corpos, outros argumentaram que pagar mais por espaço extra é uma prática comum para todos os passageiros, independentemente do motivo. Entre as críticas mais frequentes, alguns seguidores compararam sua situação a outros custos extras no setor aéreo: “Se uma pessoa alta quer mais espaço para as pernas, paga por isso. Se alguém quer viajar de primeira classe, paga mais. Isso é normal”, disse um dos comentários.

Por outro lado, outros seguidores destacaram que a questão não é sobre privilégios, mas sim sobre equidade. Passageiros plus size não deveriam ser penalizados simplesmente pelo seu tamanho, especialmente quando os próprios assentos dos aviões continuam a encolher ao longo dos anos.
Para transformar a sua indignação em ação, Jae’lynn lançou uma petição online exigindo mudanças no setor. Entre as principais reivindicações estão:
- Assentos extras gratuitos para passageiros que precisem de mais espaço;
- Reembolsos para aqueles que forem forçados a comprar um segundo bilhete;
- Casas de banho mais amplas e acessíveis para pessoas plus size e com deficiência;
- Embarque prioritário para que passageiros que necessitam de mais tempo possam acomodar-se com tranquilidade.
Com milhares de assinaturas, a petição mostra que Jae’lynn não está sozinha nessa luta. O seu objetivo é garantir que viajar de avião seja uma experiência confortável e acessível para todos, independentemente do formato ou tamanho do corpo.