Depois das polémicas declarações de Ana Mendes Godinho sobre a situação nos lares portugueses, António Costa reforça a confiança na ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. "Não vale a pena pedirem a demissão. Quando não tiver confiança [num membro do governo], eu resolvo o problema. Tenho toda a confiança na senhora ministra Ana Mendes Godinho e no trabalho excepcional que tem vindo a fazer", disse o primeiro-ministro esta terça-feira, 18 de junho, tal como escreve o "Expresso".
António Costa ainda acrescentou que não é altura de alimentar "polémicas artificiais", dado que a situação que o País atravessa já é "suficientemente grave". De recordar que Ana Mendes Godinho está no centro de uma polémica relacionada com os lares portugueses afetados pela COVID-19, depois de afirmar numa entrevista à mesma publicação que “a dimensão dos surtos nos lares não é demasiado grande” e também por ter confessado não ter lido o relatório relativo à situação de Reguengos de Monsaraz.
O gabinete do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social já emitiu um esclarecimento em relação à situação, afirmando que “a frase escolhida para título foi descontextualizada de forma grave”. "Retirar uma parte essencial da frase, descontextualizando-a, e dando assim a entender que o governo não considera graves os números de mortes em lares em Portugal, é um ato grave e que, como tal, deve ser desmentido”, pode ler-se no mesmo esclarecimento.
O primeiro-ministro também defendeu a postura de Ana Mendes Godinho na entrevista ao "Expresso", salientando que "não houve nenhuma tentativa de desvalorizar a gravidade". António Costa referiu ainda que "o número de lares e o número de pessoas afetadas é diminuta em percentagem" e que afirmar isso não é desvalorizar. "Temos de nos preocupar, mas não há razões para alarme", salientou.