R. Kelly é uma estrela em desgraça. Nos últimos 10 anos surgiram dezenas de acusações de mulheres que dizem ter sido seduzidas, abusadas ou filmadas quando eram menores pelo autor de "I Believe I can Fly". Os crimes ocorreram ao longo de vários anos, em especial nos anos 90 e 2000, quando R. Kelly era uma das maiores estrelas da música norte-americana. Mas só agora o cantor começa a ser julgado, e condenado, pelos vários crimes de que foi acusado. R. Kelly já cumpre uma pena de 3o anos de cadeia, depois de ter sido condenado por um tribunal federal de Nova York, após terem sido dadas como provadas as acusações de práticas sexuais com menores e envolvimento no tráfico de mulheres. Só que os julgamentos procedem, em diferentes estados. Agora, foi em Chicago, a sua terra natal.
O músico foi dado como culpado, esta quarta-feira, 14 de setembro, de 5 crimes de criação de pornografia infantil e aliciamento de menores para práticas sexuais. Ao todo, R. Kelly era acusado de 11 crimes, ou seja, não foi considerado culpado em seis, o que deixou satisfeita a sua advogada, Jennifer Bonjean. "Ganhámos mais pontos desta acusação do que aquelas que perdemos", disse a jurista, bem-disposta.
A sentença será conhecida em breve, e aos 30 anos de cadeia que já cumpre R. Kelly poderá juntar mais uma pena que vai dos 10 anos 90 anos. E ainda terá de enfrentar mais dois julgamentos idênticos, desta vez no Minnesotta e outro novamente em Chicago.
Os crimes de R. Kelly deram origem, inclusive, a um documentário de vários episódios na Netflix — "Sobrevivi a R. Kelly", que não está disponível em Portugal.