O canil “Cantinho das Quatro Patas” na freguesia de Agrela, em Santo Tirso, foi tomado pelo fogo este sábado, 18 de julho, e matou 54 animais (52 cães e dois gatos). As operações de resgate contaram com cidadãos locais, que ajudaram o canil e as autoridades a salvar 110 animais, segundo números da Câmara Municipal de Santo Tirso, avançados pelo jornal "Público".

O fogo foi conhecido este domingo, 19, através da página oficial de Facebook do partido PAN — Pessoas, Animais, Natureza — que acompanhou toda a situação no local. Quer o partido, quer os habitantes, queixam-se de que os donos do espaço não permitiram a entrada e ajuda durante a noite. As pessoas acusam também a Guarda Nacional Republicana (GNR) de ser lenta e ineficaz na resposta, contudo as autoridades já se manifestaram sobre as acusações nas redes sociais.

“Enquanto o incêndio deflagrava, ainda durante a tarde, a ação da GNR foi essencial para permitir que tivessem sido resgatados, com vida, a maior parte dos cães”, disse a Guarda Nacional Republicana (GNR), no Facebook, acrescentando que "as consequências trágicas deste fogo não tiveram qualquer correspondência com o facto da Guarda ter impedido o acesso ao local por parte dos populares. A essa hora, já tinham sido salvos os animais que foi possível salvar".

Um incêndio terá matado dezenas de animais em Santo Tirso. PAN acusa GNR de impedir o resgate
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Em causa está um canil “ilegal” que já era alvo de queixas desde 2017. A situação seria já do conhecido da Câmara e da GNR de Santo Tirso e terão até “chegado queixas de maus-tratos infligidos aos animais” ao Ministério Público, de acordo com Inês Sousa Real, deputada do PAN ao jornal "Expresso". “Mesmo assim nunca foi ordenado o encerramento dos espaços pela autarquia, como determina a legislação", acrescenta a responsável do partido.

Em curso está uma petição cujo objetivo é pedir “justiça para que tanto a GNR como a proprietária venham a ser julgados em tribunal e punidos, pelos crimes de maus tratos aos animais de companhia, negligência , e falta de auxílio quando o poderiam ter feito”. Até à manhã desta segunda-feira, 20, foram recolhidas mais de 112 mil assinaturas.