Com sete peças em polipropileno colorido, montadas pelas próprias crianças do Jardim de Infância de Giela, Arcos de Valdevez, assim se fizeram os chapéus com hélices de 1,20 metros cujo objetivo é manter o distanciamento social entre as crianças de forma divertida.

"Os meninos do JI de Giela montaram com perfeição os seus chapéus 'Estamos de Volta'", revela o Município de Arcos de Valdevez no Facebook, que ofereceu 380 chapéus aos alunos. A iniciativa foi desenvolvida no Dia Mundial da Criança, 1 de junho, "como uma sugestão amiga de afastamento" e "elemento de grande originalidade e cariz pedagógico", refere a autarquia em comunicado, de acordo com o "Correio da Manhã".

A ideia não é nova, já foi vista na China quando as crianças regressaram às aulas, no início de abril, mas por cá a receção não foi positiva, refletindo-se nos comentários da publicação do Município.

"Para este tipo de situações surreais, nem valia a pena abrir... isto é uma negligência à saúde mental das crianças. Inadmissível. Tiraram a ideia da China, nunca pensei que por cá se fizesse uma coisa destas... Proteção de menores?", diz uma utilizadora e outra comenta: "Triste, lamentável. Têm noção do impacto sócio emocional que estão a provocar?! Isso não é legal. As crianças têm direto a brincar sem distanciamento e a própria DGS já manifestou esse entendimento! Uma vergonha."

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Relativamente às indicações da DGS, o facto é antes de as creches reabrirem a 18 de maio Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, referiu que estas são "um sítio para brincar" e as crianças são "muito pequeninas e, portanto, não é possível" impor-lhes regras de comportamento, razão pela qual acrescentou: "Devemos fazer tudo, mas tudo, que os adultos e o espaço permitirem para minimizar o risco das suas brincadeiras".

Uma vez que o pré-escolar reabriu a 1 de junho, a mesma data em que se celebra o Dia Mundial da Criança, a diretora-geral da Saúde voltou a referir que é essencial que os mais novos voltem a brincar uns com os outros, mas avisou para a necessidade de não esquecer as regras de segurança, apelando especial cuidado por parte dos educadores.