Com o verão a aproximar-se, surgem as dúvidas sobre as limitações que os portugueses vão ter de enfrentar para frequentar as praias nos próximos meses. Depois de surgirem notícias que apontam o dia 1 de junho como a data de arranque da época balnear, embora ainda não seja oficial, já se sabem algumas das mudanças que vão acontecer nos areais nacionais.

As praias vão ter uma lotação máxima, calculada em função da capacidade de cada espaço. “Vamos ter de avaliar a possibilidade e a forma de calcular a capacidade de carga das praias, isto é, as praias têm um limite. A área concessionada de uma praia está limitada fisicamente, isto é, tem uma dimensão de extensão e de largura, de acordo com a praia-mar”, afirmou Catarina Gonçalves, coordenadora nacional do programa Bandeira Azul da Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), numa entrevista à Rádio Observador.

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De acordo com a coordenadora, as praias, tratando-se de um espaço público, terão de seguir todas as recomendações de segurança de entidades como a Direção-Geral da Saúde (DGS), como o distanciamento entre as pessoas e um espaço seguro para as sombras e para os chapéus de sol.

Na mesma entrevista, Catarina Gonçalves também referiu que o uso de máscaras pelos banhistas "vai ter de ser regulamentado", sendo possivelmente exigido na frequência de restaurantes de praia ou bares de apoio. "É um espaço público. Vamos ter de frequentar os espaços comuns, como as instalações sanitárias ou o concessionário. E se queremos estar numa esplanada ou bar de praia, vamos ter de cumprir as regras que a DGS nos solicita", salientou.

No entanto, implementar todas estas medidas de segurança pode não ser tarefa fácil. "A praia é gerida por várias entidades. Estamos a falar de um local em que temos de sensibilizar todos os utentes para serem aliados destes esforços. Caso contrário, não vamos conseguir", acrescentou a coordenadora do programa Bandeira Azul, que também está preocupada com as praias em centros urbanos.

"Estamos muito preocupados com as frentes urbanas, porque não têm uma entrada e uma saída de uma praia. Todo o passeio marítimo, por exemplo, é uma entrada de praia, o que dificulta bastante a fiscalização”, escreve o "Observador", citando a Agência Lusa.

Para além de apelar ao bom senso dos portugueses, Catarina Gonçalves já revelou que está a ser elaborado um manual de procedimentos sobre o acesso às praias nacionais, que deverá estar pronto na primeira semana de maio, com a indicação da lotação máxima de cada praia.

O caso espanhol

Também Espanha, que foi um dos países mais afetados pelo novo coronavírus, estuda medidas de segurança para que os turistas possam frequentar os areais espanhóis este verão, e fala-se do início de junho como a data de reabertura de algumas praias na região da Andaluzia.

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"Estamos a trabalhar a pensar que as praias vão abrir a 15 de junho e que seremos um destino 'Covid-free'. Temos de garantir que seremos um destino seguro, vamos tomar todas as medidas higiénicas e sanitárias que o Ministério da Saúde e a comunidade exijam. Vamos testar todos os trabalhadores do setor e vamos propor higienizar os quartos dos hotéis. Vamos tomar qualquer medida necessária”, afirmou Daniel Barbero, o responsável máximo pelas praias da região de Almuñécar, na Andaluzia, ao "El Confidencial".

O responsável salienta também que Almuñécar, na Costa Tropical de Granada, poderá ser o exemplo para outras praias espanholas, referindo-se ao espaço suficiente das praias da região e ao bom senso dos habitantes locais. "Não somos um destino de aglomerações. Temos o espaço suficiente. Estamos entre os três municípios da região que melhor cumpriram o confinamento. As pessoas estão muito mentalizadas e isso pode ajudar muito a que possamos reabrir as praias, e sabem que este verão é diferente. E de certeza que todos vão colaborar. Temos 26 quilómetros de praia com muitas enseadas e onde as distâncias são sempre grandes", explicou à mesma publicação.

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