
Já existe data para o Conclave, depois da morte do Papa Francisco a 21 de abril. Será no dia 7 de maio, segundo a "Vatican News", que mais de 130 cardeais se vão reunir na Capela Sistina, no Vaticano, fechada ao público desde esta segunda-feira, 28 de abril, para vários dias de reuniões, colmatando com o mundo a saber quem será o o próximo Chefe da Igreja Católica (ou não, dependendo da cor do fumo que sair pela chaminé).
Esta data marca os 16 dias que irão passar desde a morte do Papa Francisco, respeitando assim o prazo máximo de 20 dias após a morte do Sumo Pontífice para se começar a eleger o seu sucessor. Durante toda esta fase, a Igreja Católica ficará sem um líder, pelo que a sua governação fica sob a alçada do camerlengo, pessoa que é responsável pela administração dos bens e do tesouro do Vaticano, cujo cargo é atualmente ocupado pelo cardeal irlandês Kevin Joseph Farrell.
Enquanto isso, estará então a ocorrer o Conclave, onde 135 cardeais (quatro deles portugueses) se reúnem na Capela Sistina, onde irão decidir quem será o próximo Papa. Este é um dos momentos mais simbólicos e secretos da Igreja Católica, uma vez que todos os cardeais eleitores são trancados nesta sala isolada, evitando assim influências externas e acelerando o processo, uma vez que, noutros tempos, o Conclave chegou mesmo a arrastar-se durante anos.
A 7 de maio iniciam-se as votações, que, regra geral, podem ser até quatro por dia – duas de manhã e duas à tarde. Cada cardeal escreve o nome do seu escolhido num boletim, que é depois colocado numa urna. Para que algum dos candidatos seja eleito, é preciso que consiga obter dois terços dos votos (neste caso, 90 em 135). Depois de cada votação, os boletins são queimados, e a cor do fumo que sair da chaminé da Capela Sistina ditará se já foi ou não escolhido o novo Papa.
Ou seja, se o fumo sair preto, significa que ainda não foi escolhido o sucessor, mas, se for branco, é sinal de que há um novo Papa, segundo a CNN Portugal. Desta forma, o Conclave pode demorar vários dias, se não existir logo um consenso por parte de dois terços dos cardeais eleitores. No entanto, assim que um nome atinge os dois terços de votos, o eleito é convidado a aceitar (e pode, teoricamente, recusar). Caso aceite, é-lhe então perguntado que nome papal deseja adotar, uma escolha que acaba por ser sinónimo do tipo de pontificado que se pretende.
Até ao momento, já foram apontados oito nomes de cardeais que podem vir a suceder o Papa Francisco. Entre eles está o Cardeal Fridolin Ambongo Besungu, da República Democrática do Congo, o Cardeal Luis Antonio Tagle, das Filipinas, o Cardeal Matteo Zuppi, de Itália, o Cardeal Wim Eijk, dos Países Baixos, o Cardeal Peter Erdo, da Hungria, o Cardeal Raymond Burke, dos EUA, e ainda o Cardeal Robert Sarah, da Guiné. No entanto, o mais apontado pela população é o Cardeal Pietro Parolin, da Itália, que atuou como secretário de Estado do Papa Francisco desde 2013 e é conhecido como "vice-Papa".