O proprietário de um restaurante em Benavente foi brutalmente agredido por um grupo de clientes que se encontrava no seu estabelecimento, depois de ter pedido contenção aos filhos destes, que não paravam de brincar no interior do restaurante, atitude que vai contra as regras de segurança impostas pela COVID-19.

O dono da petisqueira Copos e Petiscos do Rebocho, Paulo Rebocho, foi vítima de seis homens de etnia cigana, informação confirmada à MAGG por uma fonte do posto da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Benavente, que o esmurraram e pontapearam no rosto e corpo. O sucedido aconteceu no sábado, 20 de junho, depois de o proprietário de 53 anos pedir aos jovens do grupo para se manterem sentados.

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“A situação ocorreu quando os filhos dos casais (com idades entre os 16 e os 18 anos) estavam a brincar pelo estabelecimento, tendo a minha mulher pedido que eles se acalmassem e que não poderiam estar assim, uma vez que estavam a incomodar os outros clientes e a desrespeitar as regras”, afirmou Paulo Rebocho ao site "Notícias da Sorraia". Depois de o pedido não ser respeitado, o proprietário pediu que os jovens fossem brincar para a rua. Após este diálogo, um dos pais dos jovens não gostou e começou a ameaçar o proprietário, que manteve a calma e salientou que só não queria que o grupo incomodasse os clientes.

A conversa acabou por passar para o exterior, e Paulo Rebocho sentiu-se cercado pelos homens, acabando por ser brutalmente agredido. "Já no chão, e depois de me terem dado sete ou oito pontapés, um colega meu que estava no estabelecimento mandou-se para cima de mim, com o intuito de me proteger. Quando ouviram falar em chamar a GNR, colocaram-se de imediato em fuga", relatou o proprietário.

Depois de ser socorrido no hospital, Paulo Rebocho apresentou queixa, após ouvir as opiniões de familiares e amigos. Referindo-se aos agressores, disse ao mesmo site que estes "não podem passar impunes". "É preciso que tomemos atitudes para que se saibam integrar na sociedade e sobretudo sintam que não passam impunes”, disse, pedindo também maior atenção por parte das autoridades do concelho para que situações destas não se repitam.

De acordo com uma fonte da Guarda Nacional Republicana, os agressores, membros de uma comunidade local, foram já identificados, seguindo agora o processo os trâmites legais no Tribunal de Comarca de Benavente, escreve a mesma publicação.