O crime aconteceu no início desta semana, no Carregado, concelho de Alenquer. Uma jovem paraplégica de 22 anos, que utiliza cadeira de rodas, foi raptada durante 24 horas por um homem de 40 anos, que a agrediu e violou.

A jovem tinha ido ao Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, durante a tarde de segunda-feira, 14, para realizar uma pequena intervenção cirúrgica. Depois da operação, telefonou a um amigo do irmão para pedir boleia para casa, assim como esclarece o comunicado da PJ mencionado pelo "Jornal de Notícias".

Menina de 13 anos foi violada pelo namorado de 21. Pais permitiam que o homem dormisse em casa deles
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O homem, que faz uns biscates como eletricista, aceitou o pedido. Só que, em vez de a levar para casa, levou-a, contra a sua vontade, para uma outra residência no Carregado, que pertence a familiares do homem, e que estava vazia. Foi lá que a manteve em cativeiro durante 24 horas.

A jovem ficou sem acesso à cadeira de rodas, pelo que não conseguiu fugir. Durante este rapto, foi agredida com frequência e violada pelo menos três vezes. O agressor, que saiu há cerca de dois anos da cadeia, também lhe partiu o telemóvel.

A vítima conseguiu escapar no dia seguinte, terça-feira, quando teve acesso a um telemóvel e ligou para o pai, num momento em que o agressor foi à casa de banho. O pai foi à GNR de Alenquer, que passou o caso para a Unidade Nacional Contraterrorismo da PJ.

Os inspetores localizaram a casa e detiveram-no em flagrante, libertando a jovem. O homem, que é praticante de artes marciais e tem um historial de violência associado (bem como uma condenação a dez anos de prisão por tráfico de droga e ofensas à integridade física), vai ser levado pela Polícia Judiciária ao Tribunal de Loures esta quinta-feira, onde será interrogado por um juiz e ficará a conhecer as medidas de coação.