Libertada na noite de quinta-feira, 12 de novembro, Jéssica Pequeno, a portuguesa raptada em Moçambique na segunda-feira, 9, terá regressado para junto da família depois de os pais pagarem o resgate aos raptores. Depois de a mulher de 27 anos ser levada na localidade de Matola, nos arredores de Maputo, a família terá recebido uma comunicação dos raptores, que exigiram o pagamento de quatro milhões de meticais, um valor equivalente a cerca de 46 mil euros, avança o "Correio da Manhã".
Jéssica Pequeno foi raptada no início da semana, quando se dirigia a casa da ama do filho, para lá deixar a criança. A vítima foi interceptada na estrada por homens armados, que apareceram de carro, e levaram apenas a portuguesa, deixando para trás a criança, tal como confirmou a mãe de Jéssica a um jornal local.
A portuguesa esteve quatro dias em cativeiro, nunca foi maltratada, e teve sempre acesso a alimentação, água e cuidados de higiene. Para além disso, os raptores teriam conhecimento do seu diagnóstico de colite crónica, e deram-lhe a medicação diariamente.
Todos estes cuidados, bem como o conhecimento das rotinas da vítima, que acabaram por facilitar o rapto, levam as autoridades a supor que o crime foi executado ou encomendado por alguém conhecido de Jéssica Pequeno, avança o "Correio da Manhã". As principais suspeitas recaem sobre ex-funcionários do restaurante Burako da Velha, que pertence aos pais da vítima, e onde esta também trabalha, bem como o marido.
O restaurante dos emigrantes portugueses permanece fechado até à data, e a família de Jéssica Pequeno estará a ponderar regressar a Portugal.