Há mais um episódio macabro num dos crimes mais mediáticos do ano em Portugal. O principal suspeito do assassinato de Beatriz Lebre, Rúben Couto, terá estado durante cinco horas dentro do apartamento da jovem estudante, em Marvila, Lisboa, já depois do homicídio. O estudante de Psicologia terá carregado depois o cadáver para o Tejo, junto ao cais da Matinha, atirando-o ao rio. Durante o tempo em que esteve em casa da estudante, o principal suspeito terá limpado e arrumado o apartamento antes de transportar o cadáver às 3 horas da manhã, já do dia 23 de maio. Rúben Couto só terá chegado a casa, em Almada, às 5 horas, relata o "Correio da Manhã".

Durante todo este tempo, cerca de 7 horas, o suspeito do homicídio de 25 anos nunca se terá arrependido e só terá confessado o crime na quarta-feira, 27, cinco dias depois de, supostamente, o ter cometido, a 22 de maio. À Polícia Judiciária o suspeito de matar a colega de mestrado terá dito na altura que o fez por ciúmes e terá indicado o local onde se desfez do corpo e onde deitou fora a arma que terá usado para matar Beatriz.

Sabe-se ainda que na altura em que foi lançado o alerta do desaparecimento pela família da jovem, Rúben Couto foi um dos primeiros a contactar a mãe de Beatriz Lebre oferecendo-se para ajudar nas buscas e terá contactado os amigos para ver se descobriam algo sobre o paradeiro da estudante de Psicologia, e terá ainda garantido que nada sabia da universitária. Contudo, a família de Rúben acabou por ter um papel fundamental ao permitir as buscas em casa e no carro e o pai pediu ao jovem que colaborasse e assumisse o que fez.

Suspeito de matar colega de mestrado fica em prisão preventiva
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O corpo foi encontrado junto ao terminal de contentores de Santa Apolónia esta sexta-feira, 29 de maio, e daí foi transportado para um cais em Alcântara onde foram feitas as primeiras perícias, seguindo mais tarde para o Instituto de Medicina Legal. O primeiro relatório do médico legista revela que espécie de bastão, encontrado na água, terá atingido a vítima, pelo menos, cinco vezes. Beatriz tinha cinco marcas de vergastadas na zona da cabeça e cortes nos pulsos, que indiciam que usou as mãos para proteger a cara das agressões.

A primeira pista da investigação foi o telemóvel de Beatriz Lebre, que levou ao principal suspeito: Rúben. De acordo com o "CM" trocaram mensagens e ele perguntou-lhe se ela o recebia. Ela respondeu que sim, estava tudo bem entre ambos. Depois, Rúben terá desligado o telemóvel e só voltou a ligá-lo de madrugada. A Polícia Judiciária seguiu o rasto das chamadas e percebeu que Rúben era suspeito do desaparecimento.

Este sábado, 30, depois de Rúben Couto ser ouvido no primeiro interrogatório judicial, a juíza de instrução criminal decidiu que o jovem suspeito de matar a colega de mestrado Beatriz Lebre fica em prisão preventiva