O primeiro interrogatório judicial de Rúben Couto, 25 anos, aconteceu esta manhã, 30 de maio. A juíza de instrução criminal decidiu que o jovem suspeito de matar a colega de mestrado Beatriz Lebre fica em prisão preventiva, conforme avança o "Público".

O homicídio terá acontecido na noite de 22 de maio, mas o corpo só foi encontrado no rio Tejo na tarde desta sexta-feira, 29 de maio, por estivadores que avistaram o cadáver junto ao terminal de contentores de Santa Apolónia. Daí foi transportado para um cais em Alcântara onde foram feitas as primeiras perícias e mais tarde seguiu para o Instituto de Medicina Legal, no qual vai ser feita a autópsia que revelará a causa da morte, cujos resultados só deverão ser conhecidos depois de segunda-feira.

De acordo com o "Correio da Manhã", o corpo estaria na água há oito dias e a jovem de 23 anos estava desfigurada, fruto de agressões bárbaras na face e cabeça. Mostrava ainda hematomas nos pulsos e pernas, indicadoras de marcas defensivas.

Ainda no local, familiares próximos identificaram o corpo da jovem que terá sido arrastado pela corrente três quilómetros, desde o cais da Matinha, onde Rúben Couto o descartou na madrugada de 23 de maio, após ter assassinado a colega universitária.

Estudante de Psicologia suspeito de assassinar colega internado com cortes nos pulsos
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O jovem só foi interrogado no tribunal este sábado, esteve a receber tratamentos no Hospital de São José, em Lisboa, depois de ser encontrado com ferimentos considerados graves na cadeia anexa à sede da Policia Judiciária (PJ). "Esteve internado, foi submetido a uma intervenção cirúrgica e só agora teve alta e chegou aqui", disse esta sexta-feira, 29, Miguel Matias, advogado de Rúben, à CMTV.

Já este sábado, à saída da sessão que decorreu entre as 10 e as 12 horas, o jovem não quis prestar declarações, alegando que não estava em condições psicológicas para o fazer, revela o "Público". 

Antes de ser presente à juíza, Rúben Couto já havia confessado o crime quando foi detido, na quarta-feira, 27, pela PJ, depois de ser confrontado com algumas provas, como vestígios de sangue no seu carro e marcas do transporte do corpo. Foram ainda encontrados vestígios de sangue na casa onde Beatriz morava, em Chelas, e objetos relacionados com o crime, como um objetos perfurante, na sequência de buscas feitas no rio Tejo esta quinta-feira, 28.

Estudante suspeito de assassinar Beatriz Lebre ajudou a mãe da colega a procurar o corpo
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O jovem de 25 anos terá dito que cometeu o crime por ciúmes e alega que tinham uma relação. No entanto, amigos mais próximos de Beatriz Lebre já desmentiram a relação entre os colegas, revelando que a jovem teria reatado a relação com um antigo colega.