A organização do festival já havia descartado a possibilidade de cancelamento e confirma-se: o Super Bock Super Rock vai mesmo acontecer já nos próximos dias 14,15 e 16 de julho. No entanto, na sequência do plano de contingência que vigora até ao segundo dia de festival,—pelo menos —, o evento teve de abandonar a Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco, que tradicionalmente lhe serve de palco.
Este ano, a festa regressa ao Altice Arena, no Parque das Nações. "Vamos avançar, vamos ter Super Bock Super Rock, mas noutro local. Vamos voltar à Altice Arena, onde fizemos algumas edições. Estivemos a tentar com as medidas de mitigação do risco, tivemos um trabalho notável da Câmara Municipal de Sesimbra, mas como está numa área florestal não querem abrir nenhuma exceção, nem para o estacionamento. Portanto fomos obrigados a deslocar o festival para a Altice Arena, em Lisboa", explicou Luís Montez, da promotora Música no Coração, em declarações citadas pela TSF.
A decisão surge na sequência do elevado risco de incêndio que o País enfrenta e que levou o Governo a decretar a situação de contingência — pelo menos, até à próxima sexta-feira, 15 de julho —, que pressupõe a proibição de quaisquer atividades em espaços florestais. O primeiro-ministro António Costa já tinha avançado que "nestas condições climáticas" não seria possível "abrir qualquer tipo de exceção".
"Não é uma escolha política, é técnica", frisou esta terça-feira, 12 de julho, no mesmo discurso em que revelou que tanto o Super Bock Super Rock como a Concentração Motard de Faro (cujo campismo mudou de local) não se poderiam realizar dentro dos parâmetros iniciais, uma vez que teriam recebido um parecer negativo por parte da Proteção Civil e da GNR.
"O bem vida é o bem superior. Quando é isso que está em causa, não há que hesitar", salientou o primeiro-ministro.