Se tem filhos, receber uma mensagem com um "olá, pai" ou "olá, mãe" é a coisa mais normal do mundo. Mas pode ser uma fraude. A lógica é relativamente simples: através de um contacto desconhecido, em que o burlão se faz passar por filho da vítima, é enviada uma mensagem de WhatsApp a alegar ter mudado de número ou ter um contacto temporário.

Gera-se uma rápida conversa por parte do burlão para tentar ganhar confiança com a pessoa e ter a certeza de que a mesma não desconfia de nada. De seguida, passa-se para o pedido de dinheiro. Por norma são solicitações de valores avultados, sendo pedido depois o comprovativo de pagamento.

Estas burlas originárias do Brasil chegaram a Portugal em outubro do ano passado mas, e apesar de as autoridades estarem atentas à evolução dos crimes, estes continuam a causar lesados. De acordo com a CNN Portugal, há cada vez mais vítimas com filhos adultos e independentes, que se veem no limiar de perderem grandes quantias de dinheiro exatamente por a situação fazer sentido e não desconfiarem de nada.

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"Muito recentemente, uma colega minha, professora catedrática, muito info incluída, esteve quase a enviar dinheiro a uma das filhas. Mas parou para pensar um bocado e começou a fazer perguntas", disse Nuno Mateus Coelho, professor e especialista em cibersegurança, ao mesmo canal informativo, acrescentando acreditar que qualquer pessoa pode ser defraudada, seja qual for a sua idade ou profissão, devido ao esquema ser tão convincente.

Os burlões têm acesso aos dados das vítimas através da Dark Web, devido às fugas de dados provenientes das redes sociais. Segundo o especialista, esta situação facilita o trabalho aos atacantes, que têm acesso a “nomes, profissões, contactos, e-mails, anos de nascimento”, permitindo-lhes separar os lesados por homens e mulheres.

As mensagens vão sendo enviadas a várias pessoas, e se apenas uma responder e enviar dinheiro, já existe lucro para quem começa o esquema. Nuno Mateus Coelho afirma que a Dark Web facilita todo o percurso aos atacantes, que conseguem criar contas bancárias com cartões de identidade disponibilizados na plataforma.

Segundo informações da Polícia de Segurança Pública, esta burla já lucrou perto de um milhão de euros aos atacantes. As autoridades sublinham a importância de denunciar estas situações e de confirmar sempre a identidade do remetente da mensagem por chamada ou através de uma questão que só a outra pessoa saberá responder, de modo a evitar mais burlas.

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