Na quinta-feira, 25 de junho, foram cerca de 500 mil as pessoas que ignoraram os conselhos das autoridades de saúde e foram para as praias de Dorset, um condado da Inglaterra, naquele que terá sido o dia mais quente do ano na região. As imagens das praias repletas de banhistas estão a ser partilhadas em massa nas redes sociais e já levaram Matt Hancock, ministro da Saúde britânico, a ameaçar fechar as praias caso este tipo de comportamentos de risco se voltem a verificar.

Segundo o ministro britânico, a população deve ter a possibilidade de aproveitar os dias de sol e de calor mas não pode "deitar a perder" todo o trabalho que as autoridades de saúde têm desempenhado para travar o surto do novo coronavírus no Reino Unido.

"Temos [o governo] o poder de fechar todas as praias, mas estou relutante de o usar porque as pessoas tiveram uma quarentena difícil e gostaria que todos tivessem a oportunidade de aproveitar os dias de sol e de calor. Mas o importante é que isso seja feito em total concordância com as regras de segurança em vigor", explicou Matt Hancock em entrevista à Talk Radio, citada pelo jornal "Metro".

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E alerta: "Mas temos esse poder e caso registemos um aumento exponencial no número de casos, então seremos obrigados a tomar essa medida." A advertência surge um dia depois de Chris Whitty, epidemiologista, ter referido que o surto poderá piorar em todo o território britânico se as pessoas não respeitarem as recomendações das autoridades de saúde.

O ajuntamento de 500 mil pessoas, quase o número total de habitantes no condado, levou as autoridades locais a declarar a situação como um acontecimento grave que obrigou a uma resposta de emergência para garantir a segurança de todos os envolvidos.