Uma cidadã norte-americana viajou até ao Paquistão para casar-se com um jovem que conheceu nas redes sociais e a história está a dar que falar. Onijah Andrew Robinson tem 33 anos e, em outubro, chegou a Carachi para dar o nó com Nidal Ahmed Memon, um jovem com apenas 19 anos. No entanto, nada correu como esta esperava – e, vários meses depois, a mulher continua retida no país.

O matrimónio não seguiu em frente, uma vez que, de acordo com relatos das redes sociais citados pela "Betches", a mulher, que tem quatro filhos, mentiu ao pretendente no que dizia respeito à sua aparência. Para o efeito, utilizou filtros que a deixavam visivelmente diferente, fazendo-a parecer uma mulher loira e com feições completamente distintas.

Foi só quando chegou ao Paquistão que a coisa deu para o torto – e tudo por causa da família do rapaz de quem tinha ficado noiva, que a impediu de a entrar em casa, fruto do facto de ser substancialmente diferente daquilo que estavam à espera. O melhor de tudo? Como se o facto de ter sido afastada do jovem não tivesse sido suficiente, a família do mesmo ainda desapareceu sem deixar rasto.

Perante esta autêntica reviravolta, a mulher recusou-se a abandonar o país, tendo mesmo acampado à porta do apartamento do pretendente por mais de 30 horas, diz o "The Indian Express". Foi então que o caso ficou viral, visto que a sua insistência chamou a atenção da comunicação social paquistanesa, e rapidamente começaram a surgir declarações que tornaram a situação ainda mais surreal.

Durante várias conferências de imprensa, Onijah Andrew Robinson alegou que agora era natural do Paquistão, dizendo ainda que estava grávida de Nidal Ahmed Memon e que ia ter o filho no Dubai. No entanto, essas afirmações parecem não ter qualquer tipo de fundamento, até porque, diz o "The Independent", Jeremiah Robinson, alegado filho da mulher, diz que esta sofre de bipolaridade.

"Como filho dela, estou a tentar ajudá-la a regressar aos Estados Unidos. Era suposto ela ter ido ao Paquistão só para conhecê-lo à sua família também", explicou Jeremiah Robinson, citado pela mesma publicação, à televisão paquistanesa. Entretanto, a sua missão continua sem sucesso, visto que a mãe ainda se encontra no Paquistão, a cujo governo está a exigir 100 mil dólares de indemnização (mais de 96 mil euros).

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A história acabou por chegar aos ouvidos de Ramzan Chhipa, um filantropo paquistanês que tentou intervir e facilitar o regresso da norte-americana ao seu país. Contudo, Onijah Andrew Robinson recusou a ajuda e, em momentos de tensão durante as interações com Chhipa, chegou a exigir dinheiro aos jornalistas presentes. "Não vou falar a menos que me deem terrenos e dois mil dólares todas as semanas", afirmou.

Apesar de tudo o que lhe aconteceu, a norte-americana não parece querer sair do Paquistão e está determinada a lá ficar, tendo ainda afirmado que vai fazer um passaporte paquistanês. Numa entrevista à televisão paquistanesa, quando questionada sobre se está a planear ir-se embora do país, esta responde que não e ainda diz que tem sido muito bem tratada, apontando para aqueles que a acompanham. "Esta é a minha equipa. Olá", respondeu.

Ainda assim, o visto de turismo que utilizou para entrar no país já caducou, embora ainda não tenha sido expulsa. O governador da província de Sindh concedeu-lhe um visto humanitário, que está válido até 11 de fevereiro. Até lá, continua sob os cuidados de Ramzan Chhipa, que continua a tentar convencê-la a regressar aos Estados Unidos.

A história ficou viral nas redes sociais e Onijah Andrew Robinson tornou-se um autêntico meme (palavra utilizada para descrever um conteúdo que se espalha rapidamente na Internet, sendo frequentemente satirizado por diversos utilizadores). "Icónica" ou "rainha" são alguns dos comentários que se leem nas plataformas em que os conteúdos da mulher são partilhados.