
O intervalo da Super Bowl é palco dos maiores espetáculos do mundo e a estrela do próximo ano é Bad Bunny. No entanto, o anúncio da sua atuação já está a ser mais político do que musical.
A 29 de setembro, Bad Bunny foi confirmado como o artista principal do espetáculo do intervalo da Super Bowl 2026, que acontecerá a 8 de fevereiro do próximo ano, no Levi´s Stadium. Após o anúncio da sua atuação, o artista porto-riquenho afirmou, num comunicado, que a performance é pelo seu povo, cultura e história.
Agora, Corey Lewandowski, antigo assessor de Donald Trump em 2016 e 2024, declarou que agentes do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) vão estar presentes na Super Bowl e na atuação do artista, refere a revista "People".
A mensagem de Lewandowski não deixa margem para dúvidas. “Não existe nenhum lugar onde se possa dar refúgio seguro a pessoas que estão neste país ilegalmente. Vamos encontrá-las, detê-las, colocá-las num centro de detenção e deportá-las”, referiu.
Ainda durante a sua participação no podcast “The Benny Show”, o republicano classificou a escolha de Bad Bunny como a estrela de um dos eventos desportivo mais importantes do ano como “vergonhosa”, acusando-o de “odiar a América” e defender que deveriam ter escolhido artistas “que iriam unir as pessoas”.
Bad Bunny já tinha feito questão de explicar, na rede social X, a razão por não ter anunciado datas para os Estados Unidos durante a sua digressão mundial "Debí Tirar Más Fotos World Tour". O artista de 31 anos tinha receio que agentes do ICE estivessem presentes à porta dos seus concertos, devido à forte repressão da imigração no país. Em entrevista à revista “i-D”, em setembro, Bad Bunny afirmou que esta decisão nada tinha que ver com ódio. “Já atuei lá muitas vezes", disse.