Um ataque com recurso a uma faca resultou em pelo menos três mortos e várias pessoas feridas esta quinta-feira, 29 de outubro, em Nice, França. O incidente aconteceu junto à basílica de Notre-Dame e uma das vítimas mortais trata-se de uma mulher decapitada, avança fonte da polícia francesa à agência de notícias "Reuters".
Christian Estrosi, presidente da Câmara, diz que "tudo aponta para que se trate de um incidente terrorista" com motivações religiosas e aponta o dedo ao "islamofascimo" através de várias publicações na sua página oficial de Twitter. Numa dessas mensagens, o governante diz também que o responsável pelo ataque foi preso e transportado para o hospital depois de ter sido atingido com uma arma de fogo disparada pelos agentes que chegaram ao local após o alerta.
Para o mesmo local foi ainda enviada uma equipa especializada na desativação de engenhos explosivos depois de ter sido detetado um pacote suspeito nas imediações do local do ataque. As operações ainda estão a decorrer em toda a cidade de Nice e desconhece-se, no entanto, em que ponto se encontram as investigações neste momento.
"As minhas primeiras reações são de palavras de compaixão para os amigos e familiares das vítimas, bem como da comunidade paroquial. Mas também para todas as pessoas de Nice que estão sob o choque da emoção. Nice, como França, está a pagar um preço elevado — demasiado pesado — por ser uma vítima do islamofascimo", referiu o autarca.
Duas horas depois, registou-se um segundo ataque em Avignon por volta das 11h15 (10h15, em Portugal). O suspeito do ataque terá gritado "Deus é Grande" e ameaçando, com recurso a uma arma branca, os agentes da autoridade que responderam com disparos.
O homem, cuja idade ainda não foi revelada, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Foi aberta uma investigação e não se sabe ainda se este ataque estará relacionado com o de Nice.
O ataque de Nice é o segundo ataque, em França, a envolver a decapitação de uma pessoa num curto espaço de tempo. A 16 de outubro, um professor de História de uma escola de Paris foi assassinado da mesma forma por, alegadamente, ter mostrado nas suas aulas caricaturas alusivas ao profeta Maomé durante uma das aulas que tinha como mote a liberdade de expressão.